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Governador e secretário de Saúde são alvos da PF no AM

Prisão de dono de centro universitário em Manaus tem até tiro disparado pelo empresário

PF no Condomínio Vila Rica, onde mora o governador do Amazonas, Wilson Lima

A Polícia Federal cumpre, nesta quarta-feira (2), 19 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão temporária nas cidades de Manaus e Porto Alegre, além de sequestro de bens e valores, que, somados, alcançam a quantia de R$ 22.837.552,24.

Agentes da PF permanecem por mais de duas horas na casa do governador, Wilson Lima, no condomínio Vila Rica, na Avenida Efigênio Sales, e na sede do governo do Amazonas, na Avenida Brasil, na Compensa.

No Amazonas a ação investiga irregularidades para a instalação do hospital universitário da Nilton Lins, unidade usada como de campanha no combate à pandemia no estado. O empresário dono do Centro Universiário Nilton Lins, que leva o seu nome, foi acordado em casa pela Polícia Federal e chegou a dar um tiro de advertência achando que estva sendo um assalto – ele havia sofrido uma invasão no ano pssado.

Uma comissão da Ordem dos Advogados do Brasil, secção do Amazonas, está na casa do empresário Nilton Lins, no Parque das Laranjeiras para garantir o acesso dos advogados da família na casa. Até o momento não se tem informações da ação da PF dentro da residência.

O secretário de Saúde Marcellus Campêlo, não foi encontrado pela polícia em dois endereços e foi dado como foragido. Segundo informações, ele está no Rio de janeiro, onde foi passar o feriado desta quinta-feira de Corpus Cristi com a família. Assim que soube da operação, ele comprou uma passagem e está retornando par Manaus.

Durante as buscas foram feitos arrombamentos nos endereços para o acesso dos policiais até documentos e computadores. A sede do governo do Estado foi interditada pela PF e os servidores foram impedidos de entrar ou sair do local.

Os agentes da PF saíram da casa do governador, às 8h30, duas horas e meia depois de terem chegado no condomínio onde ele mora.

Na sede do governo do Amazonas, servidores foram impedidos de entrar para trabalhar

Investigações – Segundo as investigações, há indícios de que funcionários da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta para favorecer um grupo de empresários locais para a construção de um hospital de campanha, sob orientação da cúpula do governo do Estado.

Ainda segundo a PF, contratos das áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, firmados em janeiro de 2021 pelo governo amazonense para o hospital de campanha, têm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados.

Os mandados de prisão expedidos pela Justiça que estão sendo cumpridos pela PF

Saiba mais

O julgamento previsto para hoje de manhã no Superior Tribunal Federal (STF) envolvendo a denúncia da compra de respiradores pelo governo do Amazonas, apurado pela primeira fase da Operação Sangria, foi adiado.

O julgamento foi transferido para a sessão do próximo dia 28 de junho.

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