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Governadores pedem a criação de monitoramento permanente para queimadas na Amazônia


Objetivo do encontro com lideranças do governo Bolsonaro é para discutir o combate às queimadas e propostas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia

Foto: Secom

Três ministros se reuniram nesta terça-feira (3) com os governadores do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima, para discutir a criação de um núcleo permanente de fiscalização e monitoramento para o combate às queimadas na região. O encontrou ocorreu na sede do Governo do Amazonas, em Manaus.

Participaram do encontro os ministros da Casa Civil, Onix Lorenzoni, da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e do Meio Ambiente, Ricardo Sales.

Um dos pontos principais da pauta foi a criação de um sistema permanente de fiscalização monitoramento para combate às queimadas na Amazônia.

A comitiva federal veio de Belém (PA), onde na segunda-feira (2) reuniu com os governadores da Amazônia Oriental: Pará, Amapá, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. Eles discutiram o fortalecimento do monitoramento, fiscalização, regularização fundiária, Fundo Amazônia e desenvolvimento do Sustentável na capital paraense.

A agenda dos ministros é um desdobramento da reunião da última terça-feira (27), em Brasília (DF), do presidente Jair Bolsonaro com governadores dos estados da Amazônia.

Em seu discurso de abertura da reunião emergencial de combate às queimadas, ministro Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ressaltou que Jair Bolsonaro (PSL) é o primeiro presidente a falar abertamente sobre preservação do meio ambiente e produção de riqueza lado a lado.

Dados

O mês de agosto terminou com 30,9 mil focos de queimadas registrados na Amazônia, de acordo com o Sistema de Monitoramento de Focos Ativos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os dados mostram que o número de incêndios foi quase três vezes a medição de agosto de 2018, quando foram registrados 10,4 mil focos. Em termos percentuais, a alta foi de 196%.

O total de focos superou em 20% a média histórica de queimadas para os meses de agosto, que era de 25 mil. A medição média ocorre desde 1998, mas a partir de 2011 o país vinha seguindo uma tendência de registros abaixo da média histórica.

Para os meses de agosto, 2019 registrou o maior número desde 2010, quando foram 45 mil focos. No ano, a Amazônia já contabiliza 46,8 mil focos de queimadas, o que representa 51% do total de todos os focos registrados no país em 2019.

O Pará foi o estado com mais queimadas registradas, com 10,1 mil focos. A cidade paraense de Altamira liderou o ranking dos municípios, com 2,9 mil casos no ano.

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