Portal Você Online

Governo promove na ilha de Parintins o maior festival folclórico da região Norte

Parintins já vive o clima do Festival Folclórico

O evento oficial começa na sexta-feira (28), mas já tem muita gente chegando para curtir o Festival Folclórico de Parintins, cidade a 420 quilômetros de Manaus. De avião ou barco, quem chega a Ilha de Tupinambarana, em Parintins, é recebido com a festa dos Bois Garantido e Caprichoso.

Comparado ao Carnaval por sua grandiosidade, o Festival Folclórico de Parintins é um dos maiores eventos festivos do Brasil.

Barcos e aviões – A Marinha do Brasil já deu início à operação para garantir a segurança do tráfego aquaviário na região. É durante o Festival que o Rio Amazonas concentra o maior número de embarcações de passageiros e de esporte do ano.

A proteção dos passageiros é o foco da operação. Por isso, as embarcações precisar estar com a documentação em dia; não pode levar mais passageiros que sua capacidade; e o número de coletes salva-vidas tem que ser o mesmo de pessoas dentro do barco.

O movimento de quem chega pelo ar também será intenso. De acordo com a direção do aeroporto de Parintins, a cada meia hora um voo chega no município. Entre voos regionais e pequenos aviões, 400 aeronaves são esperadas até 2 julho.

O turista que embarcar no Aeroporto Internacional de Manaus é recebido com apresentações ao som de toadas dos bois-bumbás Garantido e Caprichoso.

Entre embarques e desembarques, o terminal manauara deve movimentar mais de 12 mil passageiros.

Os reis dos festival –Durante o Festival, os astros da festa, Garantido (representado pelas cores vermelho e branco) e Caprichoso (azul e branco), disputam mais um título, levando à arena do Bumbódromo mais de três mil componentes, sob os efeitos de luzes, cores, alegorias, coreografias, show pirotécnico e uma diversidade de recursos cenográficos, que, junto à magia das toadas sobre o inconsciente popular amazônico, constroem uma obra viva de arte e cultura popular.

Atentos e avaliando os sucessivos movimentos e alegorias apresentadas a cada momento do espetáculo, estarão nove jurados, que atribuem notas aos quesitos: Apresentador; Levantador de Toadas; Batucada (Garantido) ou Marujada (Caprichoso); Ritual Indígena; Porta-Estandarte; Amo do Boi; Sinhazinha da Fazenda; Rainha do Folclore; Cunhã-Poranga; Boi-bumbá Evolução; Toada (letra e música); Pajé; Tribos Indígenas; Tuxauas; Figura Típica Regional; Alegoria; Lenda Amazônica; Vaqueirada; Galera; Coreografia; e Organização do Conjunto Folclórico.

Histórico – Os bois Garantido e Caprichoso existem desde 1913, mas o Festival Folclórico de Parintins iniciou em 1965 e durante muitos anos foi organizado pela própria população de Parintins. A partir de 1988, a festa passou a contar com o apoio do Governo do Estado que, naquele ano, construiu o Bumbódromo, espaço arquitetado sob a forma estilizada de uma cabeça de um boi e com capacidade para 12 mil expectadores. Este ano, o Governo vai ampliar o Bumbódromo, construindo uma nova arena mais moderna e com maior capacidade para receber o público.

A festa amazonense do boi mistura o folclore indígena com a tradição junina do bumba-meu-boi da região Nordeste do Brasil e é um dos principais eventos do calendário cultural do Estado. No espetáculo a céu aberto, os dois bumbás traduzem em suas apresentações a cultura dos povos da floresta nos versos das toadas e nos detalhes dos adereços, das luxuosas fantasias e alegorias grandiosas, tudo produzido por artistas amazonenses reconhecidos nacionalmente.

O festival tem importância fundamental para a manutenção e o crescimento da tradição do boi-bumbá e é um marco na disseminação dessa cultura em níveis nacional e internacional. Além de ser um grande estímulo à economia do Amazonas.

A grandiosidade e a beleza do festival folclórico atraem turistas de todas as partes do Brasil e do mundo. Em 2018, o número de turistas na ilha foi de 82 mil visitantes, segundo estimativas da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur).

Tradição – A festa do boi-bumbá, também conhecida como festa do boi ou brincadeira do boi, tem sua origem no Nordeste do Brasil, derivada de outra dança típica, o bumba-meu-boi. O boi-bumbá chegou ao Amazonas com a imigração de nordestinos, que trouxeram suas tradições populares, sendo esta uma espécie de ópera popular, cujo enredo desenvolve-se em torno da lenda do fazendeiro que tinha um boi de raça, muito bonito e querido.

As apresentações dos bois em Parintins desenvolvem-se contando a história do Negro Francisco, funcionário da fazenda, cuja mulher, Catirina, fica grávida e sente desejo de comer língua de boi. Desesperado por medo de a esposa perder o filho, ele resolve roubar e matar o boi de seu patrão para retirar-lhe a língua e satisfazer o desejo de Catirina. É quando o Amo do Boi descobre e manda os índios caçarem Negro Francisco, que busca um pajé para fazer ressuscitar o boi. A magia se concretiza e o boi renasce, fazendo com que tudo vire uma grande festa. O imaginário indígena e detalhes religiosos dos índios, como pajés e feiticeiros, foram incorporados com mais influência ao boi-bumbá.

Parintins e seu povo – Parintins é uma ilha chamada de “Encantada” pelo clima de magia vivido por seu povo alegre e hospitaleiro, não só nos dias do festival, mas durante o ano inteiro. São mais de 102 mil habitantes. A ilha encantada inspira o artista caboclo a tecer fios, compor grandes toadas, confeccionar joias e alegorias gigantes para contar lendas e dar vida ao folclore amazônico. O talento do artista parintinense também é utilizado nas alegorias das escolas de samba, tanto do Amazonas quanto do Rio de Janeiro e São Paulo, comprovando a qualidade do trabalho que impressiona o mundo durante o Festival Folclórico.

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *