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Brasil registra superávit e inflação pode ficar abaixo de 7% em 2022

País atingiu marca histórica em 2022 pela primeira vez com 100 milhões de brasileiros empregados com oportunidades de trabalho em todos os setores e regiões

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou esta semana que o Brasil deve fechar 2022 com a taxa de desemprego mais baixa dos últimos 15 anos – por volta de 8% e uma taxa de inflação de 7%.

Em entrevista a a Voz do Brasil, ele falou sobre a recuperação econômica pós-pandemia, a geração de empregos no mercado formal e informal e o posicionamento do Brasil no cenário econômico mundial.

O ministro disse ainda que outra marca histórica foi atingida em 2022: pela primeira vez, o Brasil conta com 100 milhões de pessoas estão empregadas. “Todos os setores, em todas as regiões, criaram empregos”, complementou.

Segundo o ministro, o governo havia antecipado que os resultados apontados no início de 2022 estavam abaixo das expectativas e que o crescimento ocorreria.

“Diziam que o Brasil cairia 10%. Na verdade, todos os países avançados acabaram caindo mais do que o Brasil. A Inglaterra caiu 9,7%; a Itália caiu 8,7%; a França, 7,6%, a Alemanha, 5,6%; o Japão, 4,5% e o Brasil caiu 3,9%”, afirmou Guedes ao defender a chamada “estratégia de retomada em V”, que significa um movimento brusco e acentuado de declínio econômico seguido por um crescimento agudo e igualmente veloz.

Paulo Guedes afirmou que estimativas econômicas mais otimistas apontam para uma inflação total de 6,5% ao ano em 2022.

“O Brasil está crescendo mais rápido e a inflação está sendo revista para baixo. Já se fala em 6,5%. Pela primeira vez, teremos inflação mais baixa que Estados Unidos, Inglaterra e todos esses países [desenvolvidos]. Então, brasileiros, orgulhem-se”, disse.

Programas sociais

O ministro da Economia fundamentou a criação dos auxílios emergenciais e frisou a importância da intervenção do governo em um cenário de crise.

Segundo Guedes, a criação do auxílio emergencial foi uma “primeira linha de defesa” contra os impactos econômicos que a restrição das atividades provocaria na economia, em especial nas camadas vulneráveis e para os trabalhadores informais.

Impactos da inflação

Sobre as perspectivas de inflação e as visões que classificou como “pessimistas” diante do cenário de recuperação de 2022, Paulo Guedes explicou que o reflexo natural da injeção de altos volumes de dinheiro sem o devido aumento da produção no país gera inevitavelmente alta inflacionária, algo que foi notado em todo o mundo em decorrência da pandemia de covid-19 e das medidas econômicas tomadas por causa da emergência sanitária.

“As pessoas em casa. A produção se retraiu. Ao mesmo tempo, nós tínhamos que injetar recursos na economia para as pessoas sobreviverem. Então, os preços começaram a subir”, disse Guedes.

Em paralelo, explicou o ministro, o Banco Central tinha acabado de ganhar autonomia.

O governo decidiu que não reajustaria os salários de categorias mais estáveis e com maiores ganhos, como os servidores públicos.

Retomada de investimentos

De acordo com Guedes, outro pilar decisivo na política econômica do governo foi a simplificação e a desburocratização de marcos regulatórios, que eram tidos como empecilho para o desempenho de atividades comerciais e a criação de novos empreendimentos.

Segundo o ministro, os investimentos em telecomunicações, transporte de cabotagem, no setor elétrico, saneamento básico e demais setores são fruto direto da simplificação das leis vigentes, que tornaram o investimento mais simples  “Tudo isso tem efeito.

Está tudo vindo pelo caminho. Por isso que a inflação [do Brasil] já começou a descer enquanto está subindo em todos os outros lugares do mundo.”

Superávit no governo

O Brasil tem cerca de R$ 900 bilhões encomendados em concessões e privatizações para os próximos anos, disse o ministro ao informar que, pela primeira vez, o governo federal terá um ano de superávit nas contas.

Guedes salientou a importância de parcerias e concessões que transformam a iniciativa privada em “sócia” do governo para gerar desenvolvimento.

Entre os exemplos citados por Guedes, linhas de transmissão de gás da Petrobras e a distribuidora BR. “Pegamos essas empresas e vendemos o que não era essencial.”

Segundo o ministro, foi feita a escolha de usar os fundos levantados pelas privatizações para não jogar o custo dos auxílios para o futuro.

O ministro frisou, ainda, que o nível de dívida do país permanece estável, mesmo após a injeção de recursos dos auxílios. 

“As pequenas lojas, os pequenos comércios, as pequenas feiras. Temos mais de 14 milhões de novos empreendedores – isso que gera emprego e cria riqueza no país”, argumentou.

Fonte: Agência Brasil

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