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Greenpeace denuncia queimadas em área protegida do AM

Queimadas ativas em áreas recém desmatadas foram registradas pelo Greenpeace Brasil em sobrevoo em área de Concessão de Direito Real de Uso do Rio Manicoré na última quinta-feira (18).

A região afetada no município de Manicoré (a 331 quilômetros de Manaus) é de quase 18 quilômetros quadrados e sofre forte pressão de grileiros e madeireiros, diz a ONG ambiental.

“Durante o sobrevoo, acabamos flagrando a queimada de uma área que, desde março, vem registrando o avanço do desmatamento em mais de 100 hectares [1 quilômetro quadrado] por semana. Esse é um grande problema que vem corroendo as florestas antes intactas do sul do Amazonas”, afirma Rômulo Batista, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil.

De acordo com o Greenpeace Brasil, o desmatamento registrado já havia sido detectado em março deste ano pelo sistema de monitoramento da organização não governamental Papa-Alpha.

Em junho, o Observatório BR-319 alertou o Ministério Público Federal no Amazonas e Ministério Público Estadual sobre essa destruição na região.

Como forma de proteger o território, que tem 3,9 mil quilômetros quadrados e envolve 15 comunidades ribeirinhas, 4 mil pessoas e reúne uma biodiversidade específica, membros da Central das Associações Agroextrativistas do Rio Manicoré receberam em março deste ano a Concessão de Direito Real de Uso.

O Greenpeace Brasil afirma que agora é necessário que o Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) garanta que o território seja protegido contras as agressões que vem sofrendo e que o governo do Amazonas garanta a implementação do Território de Uso Comum do Rio Manicoré, apoiando as atividades necessárias, em especial o diagnóstico socioeconômico, a formação do conselho gestor e o plano de gestão do território.

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