As dívidas da empresa somam R$ 200 milhões e mais R$ 2 bilhões em despesas pendentes com impostos e previdência

O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a falência do Grupo Itapemirim, empresa de transporte rodoviário e aéreo.
A recuperação judicial acontecia desde 2016. As dívidas somam R$ 200 milhões e mais R$ 2 bilhões em despesas pendentes com impostos e previdência.
O grupo já foi considerado um dos maiores do país no ramo de viagens intermunicipais de ônibus.
Em 2021, a companhia passou a oferecer transporte aéreo, mas a operação durou apenas seis meses.
O juiz João de Oliveira Rodrigues, da 1ª Vara de Recuperação Judicial de São Paulo, determinou o confisco de bens do Grupo Itapemirim, para o pagamento de credores. Sidnei Piva de Jesus também teve seus bens confiscados pela justiça há alguns meses.
A EXM Partners será a empresa responsável por vender os bens em até 180 dias, e repassar esse valor para a 1ª Vara de Recuperação Judicial de São Paulo.
Rodrigues também considerou, para emitir a decisão sobre a falência, as recentes denúncias dos credores, de desvio de valores dentro da Itapemirim fora do acordo de recuperação judicial e sem autorização da 1ª Vara de Recuperação Judicial de São Paulo. Sem cumprir um plano claro de recuperação da empresa, o destino pode ser a extinção do grupo fundado em Camilo Cola em 1953.
Na decisão, o juiz também autorizou um contrato provisório com a transportadora Suzano que, por pelo menos um ano, vai assumir os serviços oferecidos pelo grupo. A Itapemirim ainda não se manifestou.