Ministro da Economia reagiu à derrubada pelo Senado do veto à possibilidade de aumento salarial de funcionários da saúde e educação
Pouco depois de o Senado derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro à possibilidade de que servidores da educação e da saúde tenham aumento durante a pandemia do coronavírus, na noite desta quarta-feira (19), o ministro da Economia, Paulo Guedes, deu declarações fortes contra a decisão dos parlamentares – agora o “descongelamento” salarial depende de análise da Câmara, que deve ocorrer nesta quinta-feira (20).
“Pegar dinheiro de saúde e permitir que se transforme em aumento de salário para o funcionalismo é um crime contra o país”.
Para Guedes, a decisão dos senadores pode gerar uma perda de até R$ 120 bilhões para os cofres públicos. “É um desastre, é preocupante, porque o Senado é onde os representantes têm que defender a República. É um péssimo sinal”, declarou.
A previsão de congelamento salarial do funcionalismo público por 18 meses – até o fim de 2021 – foi incluída como uma contrapartida de estados, Distrito Federal e municípios, atingidos dramaticamente pelos efeitos do alastramento do coronavírus, ao socorro financeiro com recursos federais.
Quando o projeto foi aprovado no Congresso, os parlamentares retiraram os servidores das áreas da saúde e da educação do congelamento. Depois de chegar a acenar com sanção integral, Bolsonaro decidiu ceder aos apelos de Guedes e vetou esse trecho.