Pena deve ser aplicada a Walter Delgatti Neto, que disse ter acessado aplicativos de pelo menos 14 pessoas

Walter Delgatti
Foto: Divulgação
A Polícia Federal deverá imputar ao hacker Walter Delgatti Neto os crimes de “interceptação de comunicação” e “invasão de dispositivo de informática” a cada conta do aplicativo Telegram por ele invadido desde março deste ano.
A partir deste entendimento, Delgatti pode ser punido com mais de 70 anos de prisão só pelos crimes confessados até o momento.
A forma como a PF pretende fazer o enquadramento penal deve aumentar a pressão sobre Delgatti. Ele confessou crimes e deu informações do método usado, mas a polícia acredita que o hacker sabe mais do que se dispôs a contar.
Pelos indícios obtidos até o momento, ele teria tentado invadir aproximadamente mil telefones, um número bem acima dos números e nomes mencionados em seu depoimento.
Depoimentos
Nesta terça (30) os quatro suspeitos de hackear os aparelhos celulares do ministro da Justiça, Sergio Moro, do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, e até do presidente Jair Bolsonaro (PSL) – entre outras autoridades brasileiras – vão ser ouvidos em audiência de custódia na 10ª Vara Federal, em Brasília.
Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira e Walter Delgatti Neto irão falar ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, responsável pela prorrogação das prisões temporárias.