Ministro da Justiça será ouvido a partir das 14h sobre conversas com procurador Deltan Dallagnol com transmissão ao vivo pelo NaHora.
Horas antes do horário previsto para o início da audiência do ministro da Justiça, Sergio Moro , parlamentares já faziam fila à porta da Comissão de Constituição e Justiça ( CCJ ) da Câmara dos Deputados. Na sala da comissão, a partir das 14h desta terça-feira, o ex-juiz prestará esclarecimentos aos deputados sobre conversas suas com o coordenador da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol , divulgadas desde o mês passado pelo “Intercept Brasil” .
A inscrição dos parlamentares para fazer perguntas a Moro na audiência deve ser feita por ordem de chegada, em alternância de partidos.
Na avaliação da oposição, o clima pode esquentar.
“A oposição tem clareza quanto à veracidade, à obtenção lícita, e à gravidade dos diálogos. Nós vamos repassar os diálogos (ao ministro durante as perguntas) — disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), acrescentando: – Vai ser forte (o embate).
A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do partido, foi na mesma linha: ” Vamos confrontar Moro com os fatos. Ela disse que as datas das revelações feitas pelo site “The Intercept” coincidem com os fatos que ocorreram na Lava-Jato. Indagada se haverá um embate duro com Moro, ela respondeu:- Vai depender muito dele. Se vier com evasivas, “veja bem”, “talvez”, a tendência é esquentar.
O site “Intercept” publica, desde o mês passado, uma série de reportagens que apontariam um conluio com a acusação em processos que ele julgou na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba. Moro e Dallagnol contestam a autenticidade das conversas e negam irregularidades.
Relembre o caso – No dia 9 de maio, o site “The Intercept Brasil” publicou conversas atribuídas do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, então juiz federal, e o procurador Deltan Dallagnol. Segundo o site de notícias, as mensagens foram divulgadas por uma fonte, que pediu sigilo. As mensagens mostram a estreita relação entre Moro e os procuradores da Lava-Jato.