
O Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) é o único vinculado ao SUS (Sistema Único de Saúde) que produz carvão ativado para tratamento de intoxicação graves em crianças e adultos no Amazonas.
O projeto, em parceria com a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Ufam, busca suprir a falta de um banco de antídotos no estado proporcionando atendimento rápido e eficaz a pacientes atendidos pelo SUS.
A farmacêutica e chefe do setor de Farmácia Hospitalar do HUGV-Ufam, Vivian Pereira, explica que o projeto visa atender a deficiência na distribuição do carvão ativado. “A finalidade do projeto é fazer com que as unidades de urgência e emergência tenham disponível o carvão ativado para pronto-atendimento do paciente intoxicado porque nosso estado não tem um banco de antídotos e a central de medicamentos não distribui ele (carvão ativado) em quantia adequada”.
O carvão ativado, obtido da decomposição de material orgânico, possui partículas porosas com alto poder adsorvente do agente tóxico, prevenindo sua absorção pelo organismo. A substância é entregue em potes de 10, 25 e 50 gramas no formato de pó, juntamente com capacitação e orientação para unidades de urgência e emergência da capital Manaus.
O Centro de Informações Toxicológicas do Amazonas orienta equipes de urgência e emergência sobre o uso adequado do carvão ativado. Foram promovidas capacitações em diversos hospitais, incluindo o da Criança Zona Sul e Oeste e o 28 de agosto. Há casos de contraindicações, como pacientes com risco de aspiração, obstrução intestinal, ingestão de agentes cáusticos, entre outros.
O HUGV faz parte da Rede Ebserh, do governo federal, desde novembro de 2013.