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Hospital de Porto Alegre vai colocar pacientes em contêiner

"É um campo de guerra, uma situação calamitosa", disse o superintendente do Hospital Moinhos de Vento - Miguel Noronha/Agência F8/Estadão Conteúdo

“Campo de guerra”: este é o cenário no Hospital Moinhos de Vento, o maior da rede privada de Porto Alegre (RS), em meio à explosão de internações de pacientes com covid-19. Com o número de mortes também aumentando, a instituição vai contratar um contêiner para acomodar as vítimas da doença, segundo disse hoje (2) o superintendente médico Luiz Antônio Nasi.

“A nossa lista da morgue ultrapassou ontem (1º) a capacidade de acomodar as pessoas que faleceram dentro do hospital. Estamos contratando um contêiner para poder colocar as vítimas.

“A rede pública também vive o mesmo drama da superlotação, da lotação das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva)”, afirmou Nasi em entrevista à GloboNews.

Para o superintendente do hospital, a capital gaúcha está vivendo hoje o “apogeu da gravidade” da pandemia. O hospital já atendeu mais de 7 mil infectados pelo coronavírus, mas o cenário atual é diferente: além de mais jovens, os pacientes também estão “muito mais graves”.

“Se vocês entrassem e vissem, é um campo de guerra. Todo mundo sendo mobilizado no hospital, médicos, anestesistas, enfermeiros de todas as áreas. Nós estamos, realmente, em uma situação calamitosa”, disse Nasi.

O Hospital Moinho de Ventos é o que registra maior ocupação de leitos de UTI em Porto Alegre, de acordo com o sistema de monitoramento da prefeitura. Até esta manhã, a taxa era de 119,7%.

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