
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) aprovou os resultados da Avaliação Pré-Operacional (APO) conduzida pela Petrobras na Bacia da Foz do Amazonas. A autorização é a última etapa para que a estatal consiga a liberação para explorar petróleo na Margem Equatorial.
A APO é uma espécie de simulação de vazamento de óleo para que a companhia comprove capacidade de resposta. A avaliação foi coordenada por agentes da petroleira no litoral norte do país ao final de agosto.
“Comunico à Petrobras que APO realizada foi considerada aprovada pelo Ibama, devendo a operadora apresentar os ajustes requeridos pelo Ibama, para finalização do processo de elaboração da licença de operação para a atividade proposta”, diz o parecer técnico.
Durante o procedimento, foi simulado um derramamento de óleo, um possível problema no BOP (conjunto de válvulas de segurança no topo do poço) e o envio de um ROV (robô submarino controlado a distância) para verificação.
Segundo uma fonte, assim que tiver o aval final em um ou dois dias a estatal já consegue iniciar a perfuração. A estatal vem gastando cerca de R$ 4,6 milhões por dia com o aluguel de sonda e de barcos. Segundo estimativas de uma fonte, já foram gastos mais de R$ 1 bilhão com o projeto, com os gastos concentrados a partir de agosto de 2023.
A APO foi coordenada por mais de 400 agentes. Desde então, 16 técnicos do Ibama se debruçaram sobre um relatório de decisão sobre a licença.
Essa é a última etapa de testes para comprovar segurança ambiental para a atividade de exploração de petróleo antes de o Ibama decidir se vai ou não liberar a licença para a perfuração do primeiro poço na região. O órgão já negou o pedido uma vez, mas a estatal pediu a reconsideração comprometendo-se com mais salvaguardas.
A Bacia da Foz do Amazonas está no litoral do Amapá, dentro da Margem Equatorial, área que se estende até o Rio Grande do Norte e é considerada uma nova fronteira de exploração petrolífera.