
Manaus tinha 214 pessoas quilombolas em 2022, identificou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (19).
A maioria é de mulheres, que representam 54,67% (117) do total, enquanto os homens são 45,33% (97). Na Amazônia Legal são 427.801 quilombolas.
Em todo o Amazonas, essa população era de 2.812 pessoas há dois anos. Dessas, 43,77% viviam em territórios quilombolas e 56,23% fora das comunidades. No estado, os homens predominam, com 51,74% da população total – 1.455. As mulheres representam 48,26% – 1.357.
Os quilombolas vivem em sete municípios: Barreirinha tem a maior quantidade, com 1.891 pessoas. Em Itacoatiara são 352; Manaus, 214; Novo Airão registra 198; Barcelos, 83; Alvarães, 72; e Manacapuru apenas 4.
Territórios
O Estado possui dois territórios quilombolas oficiais: Rio Andirá, em Barreirinha, e Tambor, em Novo Airão. Entre as 2.812 pessoas autoidentificadas como quilombolas no Estado em 2022, 1.231 residem em terras quilombolas e 1.581 vivem fora desses territórios.
Na comunidade Rio Andirá, havia 1.330 pessoas, das quais 1.143 se identificaram como quilombolas, e 187 não. Na comunidade Tambor, todas as 88 pessoas residentes são quilombolas.
Alfabetização
A maioria dos quilombolas no estado são jovens: 1.825 pessoas tinham 15 anos de idade na época da coleta de dados, representando 0,18% dessa população no Brasil [1.015.034]. Destas, 1.696 eram alfabetizadas e 129 não. Em Manaus, entre os 176 quilombolas de 15 anos ou mais, 169 eram alfabetizados e 7 não.
Os municípios com as maiores taxas de alfabetização entre quilombolas são Manaus (96,02%), Barreirinha (95,37%) e Itacoatiara (90,12%).
A pesquisa considerou como alfabetizadas as pessoas de 15 anos ou mais que sabiam ler e escrever um bilhete simples, enquanto foram classificadas como analfabetas aquelas que não conseguiam realizar essa tarefa.