
O Ibama recorreu, na última quinta-feira (15), da decisão judicial que concedeu a tutela provisória da capivara Filó ao fazendeiro e digital influencer Agenor Bruce Tupinambá, de Autazes (a 112 quilômetros de Manaus). A informação foi divulgada nesta quarta-feira (21).
O instituto tenta, desde abril deste ano, reaver a capivara do fazendeiro para reintegrá-la ao habitat, mas enfrenta resistência.
Na última segunda-feira (19), ao analisar o pedido de liminar, o desembargador federal Newton Ramos decidiu adiar a decisão.
Ele considerou que o processo na Justiça Federal do Amazonas tramita em caráter sigiloso e, por isso, não teve acesso à documentação. Ramos deu 15 dias para que o Ibama apresente cópias dos documentos.
A decisão que concedeu a tutela provisória da capivara a Agenor ocorreu em meio a confusão envolvendo o fazendeiro, a deputada estadual Joana Darc (União Brasil) e funcionários do Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres), em Manaus.
Agenor e Darc mobilizaram apoiadores em frente ao Cetas para pressionar o instituto a devolver o animal após se sentirem “enganados”.
Filó vivia na fazenda da família de Agenor, na área rural de Autazes, desde quando era filhote. Ambos ficaram conhecidos nas redes sociais em janeiro deste ano após o influenciador digital mostrar a rotina dos dois. A exposição levou o Ibama a multar o fazendeiro por exploração e abuso de animais silvestres, e a pedir a entrega da capivara ao instituto.
Em maio, o Ibama comunicou que pretendia resgatar novamente a capivara Filó e que tinha intenção de abrigá-la no Cigs (Centro de Instrução de Guerra na Selva), em Manaus.
O instituto informou que o próprio Cigs vetou acolher a capivara em seu zoológico, mas que o Comando Militar orientou o encaminhamento formal da solicitação.


