Nos últimos 12 meses, o Instituto Médico Legal (IML) de Manaus sepultou cerca de 150 corpos de pessoas não identificadas ou sem familiares conhecidos. A maioria dessas pessoas era do sexo masculino e tinha entre 20 e 50 anos.
O IML mantém os perfis e informações desses indivíduos em um banco de dados, que fica disponível caso um familiar busque identificar um ente querido após o sepultamento.
Procedimento do IML para corpos não identificados
Cada corpo não identificado recebe uma análise completa para determinar a causa da morte e, quando possível, a identidade da pessoa. Esse processo inclui exames específicos e a criação de um prontuário individual com documentos médico-legais, fotografias e dados genéticos, como exames de DNA. O IML preserva todos esses registros, facilitando a identificação futura caso um familiar procure mais informações.
Banco de dados facilita identificação futura
O IML de Manaus criou um banco de dados essencial para manter a dignidade das pessoas falecidas e auxiliar as famílias que buscam informações.
Se um familiar procurar o IML em busca de um ente desaparecido, ele preencherá um questionário e será entrevistado pela equipe. Se o ente for identificado, a localização do sepultamento será informada ao familiar. Esse processo permite que a família encontre paz e encerre um ciclo de incerteza.
Importância de iniciativas como o banco de dados do IML
Segundo o diretor do IML, Sérgio Machado, o banco de dados e os processos de identificação são iniciativas fundamentais para ajudar as famílias a recuperar os vínculos de parentesco e garantir direitos sucessórios. Machado destaca que a medida resgata a dignidade dos falecidos, fornecendo às famílias informações essenciais sobre entes que muitas vezes são considerados desaparecidos.