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Índia é 4º país do mundo a pousar na Lua

A Índia chegou à Lua. E foi uma missão histórica. Na quarta-feira (23), o gigante asiático tornou-se o primeiro a pousar perto do polo sul do satélite natural, um território desconhecido e desafiador que os cientistas acreditam poder conter reservas vitais de água congelada.

Além disso, com a empreitada, o país se tornou a 4ª nação do mundo a pousar na Lua. Até então, somente os Estados Unidos, a antiga União Soviética e a China tinham alcançado esse marco.

A missão Chandrayaan-3 conseguiu pousar com sucesso na superfície da Lua nesta quarta-feira (22). A alunissagem bem-sucedida torna a Índia o quarto país a realizar o feito, depois de Rússia (então União Soviética), Estados Unidos e China. Isso além de ser o primeiro a fazer uma descida no polo sul lunar, região mais desafiadora para pousos que a faixa equatorial.

Foi a segunda tentativa por parte dos indianos, depois da Chandrayaan-2, lançada em 2019, que contava com um orbitador lunar (ainda em operação), e um módulo de pouso contendo um rover. Durante a aproximação final para a alunissagem, em 6 de setembro daquele ano, o módulo se espatifou no solo lunar -após o que foi diagnosticada como uma falha de software na operação dos motores de descida.

Quase quatro anos depois, a Chandrayaan-3 é uma versão aprimorada do módulo de pouso Vikram e do rover Pragyan usados naquela tentativa. Lançada em 14 de julho último, ela desta vez não contou com um orbitador, mas com um simples módulo de propulsão para as manobras orbitais.

O caminho para a Lua foi essencialmente o mesmo nas duas ocasiões, com uma inserção à órbita terrestre, seguida por manobras para ampliação gradual do apogeu (ponto de máximo afastamento da Terra), até a captura pela gravidade lunar. Dali, seguiu-se manobra inversa, com o módulo de propulsão gradualmente circularizando a órbita da Chandrayaan-3 em torno da Lua, com uma altitude média de quase 160 km, o que foi atingido na quarta-feira passada (16).

Depois disso, o módulo de propulsão foi ejetado e os quatro motores do Vikram se encarregaram de ajustar a trajetória para uma órbita pré-pouso (justamente o que falhou no último sábado com a missão russa Luna-25), com perilúnio (ponto mais próximo da superfície lunar) de 25 km e apolúnio (ponto mais distante) de 134 km.

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