A inflação dos EUA caiu 0,1% em dezembro, segundo divulgado pelo governo americano nesta quinta-feira (12) na medição do Consumer Price Index (CPI), principal índice inflacionário do país. No acumulado do ano, a inflação americana fechou 2022 em 6,5%.
O número veio em linha com as expectativas do mercado, que apostavam no mesmo valor de 6,5%, desacelerando em relação aos picos vistos em parte do ano. Em novembro, o índice havia subido 0,1%, já em queda no acumulado de 12 meses.
O resultado confirma desaceleração no índice após a inflação dos EUA chegar perto de 9% no primeiro semestre, no auge da alta dos combustíveis diante da guerra na Ucrânia.
A inflação americana no primeiro semestre de 2022 beirou seu maior patamar em 40 anos, o pior nível desde o choque do petróleo no fim dos anos 1970.
Além dos fatores externos, o mercado de trabalho americano vive cenário de “emprego pleno”, com taxa de desemprego em 3,5%, ajudando a impulsionar as pressões inflacionárias pelo lado da demanda.
A desaceleração da inflação americana nos últimos meses foi impulsionada pelos riscos de recessão, que fizeram baixar o preço do petróleo e de outras commodities no exterior.
Na política monetária, o Fed, banco central americano, também iniciou forte trajetória de alta de juros.
O Fed levou a taxa de juros americana a 4,25% e 4,5% – o nível mais alto desde 2007. A última alta ocorreu em dezembro, mas novos aumentos são previstos para este ano, ainda que menores. A atual projeção do Fed é de juros em 5,1% em 2023.