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Informalidade no mercado de trabalho é recorde, aponta IBGE


Brasil tem 11,8 milhões de pessoas sem carteira de trabalho assinada no setor privado

Foto: Reprodução

Na situação econômica do país que ainda segue com 12,5 milhões de desempregados, homens e mulheres em Manaus vencem a falta de oportunidades com  trabalho informal. Isso porque houve aumento no número de pessoas ocupadas no país, que chegou a 93,8 milhões no trimestre encerrado em setembro.

Um alta de 0,5% na comparação com o trimestre encerrado em junho deste ano. Porém, o contingente de pessoas que conseguiu trabalho no período está em condição de informalidade, que atingiu um recorde da série histórica, iniciada em 2012, chegando a 41,4% da força de trabalho ocupada.

É o que apontam os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), divulgada ontem (31), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dados

De acordo com o IBGE, a taxa de desocupação caiu de 12% para 11,8% na comparação entre o trimestre terminado em junho e o terminado em setembro, somando 12,5 milhões de pessoas. No terceiro trimestre de 2018 a taxa ficou em 11,9%. A gerente da Pnad, Adriana Beringuy, destaca que essas pessoas estão se inserindo no mercado na condição de trabalhadores por conta própria e de empregados no setor privado sem carteira assinada.

“A gente ressalta que estamos diante de uma melhora quantitativa desse mercado de trabalho, ou seja, de fato há mais pessoas trabalhando. Mas a forma de inserção que esses trabalhadores estão tendo nesse mercado é mais aderente a postos de trabalho associados à informalidade e com todas as repercussões que isso causa no mercado”, disse Adriana.

Ocupação

O número de empregados que trabalham no setor privado sem a carteira assinada chegou a 11,8 milhões de pessoas no trimestre encerrado em setembro, um aumento de 2,9% na comparação com o trimestre anterior e de 3,4% em relação ao terceiro trimestre de 2018.

A categoria trabalhadores por conta própria também apresentou recorde na série histórica, com 24,4 milhões de pessoas nesta condição, um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 4,3% no mesmo período do ano passado. Desse total, 4,9 milhões tem CNPJ, ou seja, registro como empresa, e 19,5 milhões não têm.

Segundo Adriana, o crescimento da ocupação ocorre desde 2018, mas não em setores que tradicionalmente apresentam grandes contratações, como indústria, construção e comércio, sendo uma reação concentrada em determinados segmentos.

“O panorama não difere de outras divulgações que nós tivemos. Alguns setores isoladamente tiveram destaque nessa absorção de trabalhadores, como é o caso da construção, em edificações e serviços básicos, não são grandes obras de infraestrutura. Também observamos a continuidade do fenômeno do crescimento de trabalhadores na área de transporte terrestre de passageiros, os motoristas, e um pouco ali também de reação na parte de terceirização de mão de obra”, disse.

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