
A Superintendência da Polícia Federal (PF) no Amazonas ainda realiza a fase de instruções no âmbito do inquérito que investiga o desabamento da Ponte sobre o Rio Curuçá, no quilômetro 23 da BR-319, ocorrido no dia 28 de setembro de 2022.
Mais de dez meses após o colapso que matou cinco pessoas (João Nascimento Fernandes (58 anos), Marcos Rodrigues Feitosa (39), Maria Viana Carneiro (66), Rômulo Augusto de Morais Pereira (36) e Darliene Nunes Cunha (25), feriu outras 14 e destruiu 12 veículos, a PF informou “o inquérito ainda se encontra em fase de instrução” e que “as perguntas ainda não podem ser respondidas de maneira completa, pois isso poderia resultar em uma exposição desnecessária dos envolvidos ou prejudicar as investigações em curso”.
O Ministério Público Federal (MPF) também foi questionado pela reportagem sobre as apurações e respondeu apenas que “solicitou abertura de inquérito à Polícia Federal em fevereiro deste ano” e que “processo está com a Polícia Federal, no momento”.
Simulação
A Polícia Civil (PC) e Polícia Federal realizaram, no último dia 10 de agosto a reconstituição do desabamento da ponte sobre o rio Curuçá para reproduzir a tonelagem dos veículos que estavam sobre a ponte no momento da tragédia
O delegado que conduz o inquérito pela PC-AM, David Jordão, disse que a simulação vai subsidiar o inquérito e estabelecer qual é o peso que cada pilar recebia no momento anterior à queda da ponte.
O delegado disse ainda que o inquérito é complexo porque há 60 laudas só de depoimentos, 14 pessoas ficaram feridas e cinco morreram, fora os laudos técnicos que são detalhistas e específicos, que saem da parte do direito para a parte de engenharia.
E isso demanda tempo para ser maturado. David Jordão disse que a simulação de peso sobre cada pilar é uma das diligências essenciais para a conclusão e o relatório da Polícia Civil encaminhado à Justiça, com possíveis investigados e responsáveis.
O delegado da PF, Thiago Monteiro afirma que a simulação de peso indicará a responsabilização de cada um dos suspeitos e qual o fato que culminou com o colapso, afinal, a sociedade carece de uma resposta.
Conforme a PF, todos os dados colhidos na simulação foram encaminhados para o setor técnico da PF em Brasília.