Estado teve aumento de 4,1 pontos percentuais na parcela de moradores com acesso regular à alimentação; insegurança alimentar grave caiu para 8%.

O Amazonas registrou avanços importantes nas condições de segurança alimentar em 2024, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) – Segurança Alimentar, divulgada nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento mostra que o número de domicílios amazonenses com acesso regular e permanente a alimentos de qualidade subiu de 57,4% para 61,1%, um aumento de 3,7 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
O mesmo movimento positivo foi observado entre os moradores: a proporção de pessoas vivendo em domicílios com segurança alimentar passou de 52,8% para 56,9%, um avanço de 4,1 pontos percentuais. A melhora refletiu diretamente na redução da insegurança alimentar grave — quando há falta de comida inclusive para crianças — que caiu de 9,1% para 7,2% entre os domicílios e de 10,3% para 8,0% entre os moradores. Em números absolutos, cerca de 92 mil amazonenses deixaram a situação de fome.
Apesar do avanço, o estado ainda tem 330 mil pessoas (8% da população) em situação de insegurança alimentar grave, o segundo maior percentual do país. A Região Norte, de forma geral, manteve os piores índices nacionais, embora também tenha apresentado melhora: o número de domicílios com segurança alimentar subiu de 60,1% para 62,4%, e o de moradores passou de 56,7% para 59,2%.
Em todo o Brasil, a tendência também foi positiva. A proporção de domicílios com segurança alimentar cresceu de 72,4% para 75,8%, enquanto a de moradores aumentou de 70,4% para 74,2%. A insegurança alimentar total caiu de 27,6% para 24,2% nos lares e de 29,6% para 25,8% entre os moradores, com reduções em todos os níveis — leve, moderado e grave.
O IBGE destaca que os dados refletem uma recuperação gradual do acesso à alimentação, após os impactos econômicos da pandemia e da alta inflacionária sobre os preços dos alimentos.
A pesquisa, realizada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, é considerada um dos principais instrumentos de monitoramento da fome e da segurança alimentar no país, baseando-se em entrevistas domiciliares com milhares de famílias em todos os estados.