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Intercâmbio cultural e inovação são apostas das cirandas de Manacapuru

Nos galpões das cirandas, a troca de experiências entre artistas se traduz em criatividade e inovação. O 26º Festival de Cirandas de Manacapuru, que será realizado de sexta-feira a domingo (30 e 31/08 e 1º/09), une a expertise do elenco formado nos bastidores à ginga dos cirandeiros, tendo como palco a arena do Parque do Ingá, em Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus), o “Cirandódromo” da Princesinha do Solimões.

Realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, o festival resgata a identidade cultural e folclórica do município.

São mais de 300 profissionais envolvidos na produção artística das cirandas Tradicional, Flor Matizada e Guerreiros Mura. Profissionais da indústria criativa atuantes na criação e construção dos módulos alegóricos, nos ateliês de figurinos e adereços, sendo a grande parte de Manacapuru e outros vindos de Manaus, Parintins, Juruti e municípios vizinhos.

No galpão da Tradicional, Algles Ferreira coordena a equipe de profissionais de alegorias. Há cinco anos, o parintinense faz temporada em Manacapuru e, nesta edição, ele traz um propósito muito maior, que se resume à conquista do tricampeonato.

“A gente tem tido uma preocupação de fazer uma apresentação não redonda, mas algo que traga o resultado, que os jurados entendam o que a gente vem falando, as defesas que a ciranda vem abordando, e tudo isso tem dado certo. Lógico, com cuidado, uma boa apresentação, os efeitos, os segredos de cada alegoria, de cada momento, o que vai aparecer, que o item venha tranquilamente para fazer uma apresentação bacana”, revela Algles.

Em busca do título, a Flor Matizada, representada pelo diretor cultural, Gaspar Fernandes, aposta na inovação sem perder a essência da cultura da ciranda. Desafio praticado por ele há mais de 30 anos integrando a comissão de artistas da agremiação.

“A Flor Matizada vem com uma nova apresentação ousada, ousadíssima. E mudando nossos paradigmas, trazendo uma apresentação surpreendente, cheia do elemento lúdico, que é a essência da ciranda. Mas que vai causar muito encantamento a quem estiver presente no Parque do Ingá e quem assistir pela televisão também”, cita Gaspar.

Inovação no elenco e na arena. É a proposta do diretor da comissão de artes da Guerreiros Mura, Leon Medeiros, que participa profissionalmente do festival pela primeira vez.

Com passagens pelo Festival Folclórico do Amazonas e pelo Carnaval de Manaus, Leon anuncia surpresas no Cirandódromo.

“A Ciranda Guerreiros Mura vem preparando um espetáculo magnífico, grandioso, são mais de nove módulos alegóricos. A gente vem trabalhando muito dentro do galpão e, como novidade, a gente vai usar muita tecnologia, muitos efeitos especiais, muita pirotecnia e eu tenho certeza que vai encantar o nosso público”, finaliza o artista.

Nas três noites de festival, as apresentações no Parque do Ingá vão iniciar às 21h30, na seguinte ordem: na sexta-feira (30), a ciranda Tradicional apresenta o tema “Marangatu: Uma Odisseia Amazônica”; no sábado (31), a ciranda Flor Matizada defende o tema, “O Alvorecer Matizado: Um Voo pela Vida” e, no domingo (1º), a ciranda Guerreiros Mura leva para a arena o espetáculo, “Sob o Véu de Iacy”.

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