
Apesar de maior número de casos, os municípios do interior do Amazonas tem surpreendido pelo menor registro de mortes em relação a capital do estado, Manaus. Dos 135.205 casos confirmados no Amazonas até esta sexta-feira (25), 49.237 são de Manaus (36,42%) e 85.968 do interior do estado (63,58%).
Entre pacientes em Manaus, há o registro de 2.487 óbitos confirmados em decorrência do novo coronavírus. No interior, são 60 municípios com óbitos confirmados até o momento, totalizando 1.513. A única cidade amazonense sem registro de óbito pela doença é Canutama.
As restrinções do decreto governamental baixado ontem (25), também estão valendo para o interior. Mas diante dos dados do boletim epidemiológico mais recente da Covid-19 da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) e da Secretaria de Saúde, a situação está melhor que na capital.
Para o governador do estado, Wilson Lima, esse cenário se deve em boa parte a atuação das secretarias municipais de Saúde. “Tá mais tranquilo e controlado. Temos alguns municípios com até 100% de cobertura de saúde básica, diferente de Manaus”, explica o governador do Amazonas.
“Foi uma surpresa. Teve mais caso que na capial, mas metade dos óbitos por
causa da assistencia básica dos municípios. Todos os municípios possuem
respiradore e UTIs aéreas que atendem os pacientes mais graves”, diz Lima.
Rede de atendimentos
Entre os casos confirmados de Covid-19 no Amazonas até esta sexta-feira (25), existem 334 pacientes internados – 219 em leitos clínicos (86 na rede privada e 133 na rede pública), 111 em UTI (52 na rede privada e 59 na rede pública) e quatro em Sala Vermelha.
A Sala Vermelha voltou a ser instalada para a assistência temporária de estabilização de pacientes críticos/graves, que depois são encaminhados para outros pontos da rede de atenção à saúde.
Ainda têm 44 pacientes internados considerados suspeitos e que aguardam a confirmação do diagnóstico – 22 em leitos clínicos (14 na rede privada e 8 na rede pública), 20 estão em UTI (14 na rede privada e seis na rede pública) e dois na Sala Vermelha.
Em junho Manaus fechou seu hospital de campanha na Universidade Nilton Lins, mas segundo o governador, o estado está preparado para um eventual repiquete de novos casos.
“Espero não precisar, mais estamos trabalhando com margem de segurança. Mantemos Salas Rosas, 60 UTIs, 50% dos leitos clínicos e, até a próxima segunda-feira, mais 25% de leitos de UTI. Até outubro temos
capacidad de dobrar o número de leitos”, afirmou o governador.
“Hoje temos uma capacidade muito maior de mobilização porque já estamos entendendo a doença”, finaliza Wilson Lima.


