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Interrogatório sobre morte de sargento em quartel de Manaus é marcado 9 anos depois

A mãe da PM Antônia Assunção solicitou a Câmara dos Deputados a federalização do caso após nove anos depois. Segundo a Justiça do Amazonas suspeito do crime será ouvido na próxima segunda-feira (22), em audiência na Vara de Auditoria Militar

Após nove anos da morte da sargento da Policial Militar do Amazonas, Deusiane Pinheiro, de 26 anos, no batalhão da Polícia Militar em Manaus, em 2015, sua mãe Antônia Assunção foi ouvida na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, na última quinta-feira (11). Ela solicitou que o crime seja federalizado e a Justiça do Amazonas informou que vai concluir a instrução do caso na próxima segunda-feira (22), em audiência do suspeito, cabo PM Elson dos Santos, na Auditoria Militar. 

A PM foi encontrada morta com marca de tiro dentro do Pelotão Ambiental de Manaus em 1º de abril de 2015. A morte foi classificada inicialmente como suicídio, mas depois o Ministério Público do Amazonas concluiu que houve um assassinato e denunciou o cabo como autor do crime.

A família relata que Deusiane estava sofrendo perseguição de outro policial que foi denunciado junto a outros quatro PMs em 2017.

Na Comissão de Direitos Humanos, Antônia Assunção, afirmou que luta por justiça. “Há nove anos minha filha foi morta dentro do batalhão e eu peço a vocês que encaminhem esse processo para uma federalização, porque no Amazonas não vai haver justiça”, disse ela solicitando audiência com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

“Aqui, a justiça nunca chegou. Estou há nove anos dentro de casa, porque posso ser fuzilada. Minha família pode ser fuzilada”, denunciou.

Morte

Após a morte da PM, o Ministério Público estadual apontou que a vítima possuía um relacionamento romântico conturbado com outro agente. Em seu despacho o MPE-AM relatou que o suspeito havia ‘reatado sua relação com a ex-companheira ao mesmo tempo que desejava manter relação com a vítima”.

O promotor Edinaldo Aquino Medeiros responsável pela denúncia destacou que a sargento e o policial realmente tiveram uma relação mais íntima e chegaram a ter relação sexual.

Segundo os outros quatro policiais que estavam na embarcação, eles escutaram, do piso inferior, um barulho de tiro no andar de cima e quando correram para o local, encontraram o PM acusado de ser autor em frente a vítima ferida.

A defesa do Policial Militar afirmou que Deusiane teria cometido suicídio e que a versão, segundo o MP, “foi corroborada pelos depoimentos dos demais denunciados, ao afirmarem que encontraram Deusiane ferida deitada no solo e com a arma ao seu lado”.

No seu despacho o promotor Edinaldo Aquino Medeiros destacou que o laudo de exame da arma e munição identificou que a pistola teve o ferrolho alterado.

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