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Inverno Amazônico: como evitar imprevistos com o carro nas chuvas ou alagamentos

Reduzir a velocidade, usar o farol baixo e evitar a ultrapassagem, são algumas das recomendações para evitar acidentes em dias chuvosos, a atenção precisa a ser redobrada, mas os cuidados com a manutenção do carro, também precisa estar em dia.

Dirigir em dias chuvosos requer cuidado redobrado, principalmente durante o verão, quando são mais frequentes as tempestades e as enchentes, que elevam os riscos de acidentes no trânsito. 

Para auxiliar o motorista a driblar as dificuldades e chegar ao seu destino com segurança, a NGK, multinacional japonesa fabricante e especialista em velas de ignição, elencou algumas recomendações de direção defensiva.

Segundo Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK, a medida ideal é procurar um lugar seguro para estacionar o carro, longe das regiões baixas e de possíveis alagamentos, e esperar a chuva passar para evitar uma série de riscos, como a aquaplanagem – deslizamento do veículo sobre um filme de água acumulada no asfalto.

Outro cuidado importante é não estacionar o veículo embaixo de árvores ou estruturas que possam sofrer quedas.

O especialista explica que os cuidados com a manutenção do veículo devem ser tomados pelo motorista antes mesmo de sair da garagem.

“A umidade propicia problemas no sistema de ignição, sobretudo quando há cabos e bobinas com terminais ressecados ou trincas no corpo da bobina. Por isso, é essencial manter em dia a revisão do carro”, orienta.

O especialista pede atenção redobrada para itens como palhetas, faróis, pneus, sistema de ventilação e freios. 

Direção em dias chuvosos

Se enfrentar a chuva for inevitável, o condutor deve desviar de rotas em regiões baixas, acender o farol baixo mesmo durante o dia, dirigir sob velocidade reduzida e manter uma distância segura dos outros veículos.

Em caso de aquaplanagem, a orientação é manter a calma, e evitar girar bruscamente a direção ou pisar forte nos freios, até que os pneus voltem a ter contato com o solo.

“Evite trafegar por áreas alagadas, alguns veículos possuem tomada de admissão de ar mais baixa, o que aumenta as chances de calço hidráulico – entrada de água no motor.

O melhor é esperar a água baixar para seguir a viagem”, aconselha Mori.

Não é recomendável atravessar um trecho alagado,  pois não há como avaliar a profundidade e se há obstáculos na via como buracos ou objetos submersos.

“Se o carro ‘morrer’ durante a travessia, o condutor não deve tentar dar a partida, uma vez que essa atitude poderá implicar em calço hidráulico, que ampliará os prejuízos. A dica do especialista da NGK é buscar abrigo em um lugar seguro.

Cuidados em casos de enchente

Quando o veículo tem o seu coletor de admissão – parte do motor responsável pela admissão de ar – submerso, há o risco da água entrar no motor, por isso o motorista não deve tentar dar a partida no veículo.

O recomendável é remover o automóvel e levá-lo até um mecânico de confiança para avaliação, priorizando a verificação do filtro de ar, dos cilindros e das velas de ignição.

Se ocorrer a entrada de água na câmara de combustão é um sinal de alerta para o mecânico, pois indica que a água atingiu a parte interna do motor e diversos módulos eletrônicos podem ser afetados pela infiltração.

“Observe também o óleo de motor e fluido de transmissão, verificando se não houve contaminação por água”, completa o especialista. 

“Em muitos casos, onde há danos no motor ou na parte elétrica, o acionamento do seguro deve ser considerado. Muitos veículos modernos têm um nível de tecnologia embarcada muito alto, o que onera o reparo do automóvel.

Nestes casos a desmontagem de componentes só deverá ser realizada após a liberação da seguradora”, finaliza Mori.

Balanceamento e alinhamento do carro também precisam ser verificados pelo motorista em épocas chuvosas, o empresário reforça o alerta de que não é preciso esperar o pneu ficar careca, para realizar a troca.

Quem não tomar os cuidados necessários com carro e de respeitar às leis de trânsito, pode pegar multa, e até mesmo ter o veículo removido, como reforça o especialista em trânsito.

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