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Japonês da ‘Federal’ conta detalhes dos bastidores da Lava Jato


Newton Ishii está realizando ciclos de palestras sobre o livro “O Carcereiro: O Japonês da Federal e os presos da Lava Jato”.

Foto: Divulgação

Durante palestra em Mato Grosso nesta sexta-feira (10), o agente aposentado da Polícia Federal Newton Ishii, conhecido como Japonês da Federal, contou alguns detalhes por trás dos bastidores da Operação Lava Jato, que ficou conhecida como o maior escândalo de corrupção na política brasileira. Ele falou sobre as prisões dos grandes ‘tubarões’, que ficaram atrás das grades.

“Ele [José Dirceu] era uma pessoa que respeitava todos os procedimentos internos e não deu trabalho algum, ao contrário do Cunha”, contou.

Sobre Eduardo Cunha, Ishii disse que ele chegou à detenção achando que ainda era o presidente da Câmara dos Deputados. “Foi difícil a adaptação dele dentro da prisão. Foi a própria postura dele. Ele falava coisas como: preciso fazer uma ligação agora”, relatou Newton.

De convívio complicado, o PF aposentado relata que já teve que advertir Eduardo: “Cunha você é preso e você não é mais presidente da Câmara. Você não está na sua casa, tem que se conscientizar disso”, declarou.

“Ele [José Dirceu] era uma pessoa que respeitava todos os procedimentos internos e não deu trabalho algum, ao contrário do Cunha”, contou.

Já o ex-ministro José Dirceu era o ‘preso modelo’, segundo o agente aposentado. Ele respeitava todas as regras dentro da custódia.

“Se acontecesse de irmos na hora do almoço fazer uma visita, e ele estivesse sentado comendo, ele se levantava, colocava as mãos para trás e assim permanecia. Não se sentava enquanto não saíamos do lugar. Se questionado sobre como estava a comida, Dirceu dava os parabéns. Dizia meus parabéns,a comida está maravilhosa”, relembrou o Japonês da Federal.

“O PF aposentado relata que já teve que advertir Eduardo: “Cunha você é preso e você não é mais presidente da Câmara. Você não está na sua casa, tem que se conscientizar disso”


declarou Newton

Newton Ishii esteve em Mato Grosso, fazendo um ciclo de palestras sobre o livro “O Carcereiro: O Japonês da Federal e os presos da Lava Jato”. Ele passou por Cuiabá e seguiu para Rondonópolis e depois Pedra Preta, cidades em que ocorreram os eventos.

Devido ao seu destaque nacional, durante prisões polêmicas da Operação Lava Jato, Ishii se tornou muito popular pelo país.  Ao chegar a Mato Grosso não foi diferente, muitas pessoas pediam por fotos e demonstravam gratidão pelo trabalho prestado.

“Fiquei um pouco assustado, mas feliz com tanto carinho”, expressou o agente aposentado.

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