
O empate do Real Madrid no reduto do Valencia (2-2), deste sábado (2), terminou em polêmica após uma decisão do árbitro Gil Manzano que acabou por impedir a reviravolta dos líderes da La Liga, no Mestalla.
O experiente juiz espanhol apitou para o final do encontro numa altura em que Brahím Díaz se preparava para cruzar para a área, junto à linha final, num lance que terminou com a finalização eficaz de Jude Bellingham. A comemoração foi interrompida pelo apito final do árbitro apontando o fim do jogo antes de a bola entrar.
“É incomum, inédito, constrangedor e um autêntico roubo. Relembremos que Gil Manzano marcou três pênaltis contra o Real Madrid em Mestalla. Ele roubou-nos o golo da reviravolta. Hoje todos viram e perceberam por que motivo Gil Manzano decidiu apitar antes. Uma nova lei acaba de ser inventada. Têm que corrigi-lo do VAR no pênalti que foi inventado”, foram os depoimentos dados na Real Madrid TV, em declarações citadas no AS.
De referir que, já após o encontro, também Carlo Ancelotti estava revoltado confessando que nunca lhe tinha acontecido tal situação durante a carreira, numa decisão polêmica que, face aos protestos, culminou no vermelho direto mostrado a Jude Bellingham, marcador do gol anulado.
O jogo
O duelo foi marcado por tensão nas bancadas no regresso de Vinicius Júnior ao estádio onde foi vítima de racismo em maio do ano passado.
O primeiro gol chegou de forma atabalhoada, mas eficaz. Perez rematou mal de primeira mas a bola foi ter exatamente à cabeça de Hugo Duro, avançado do Valencia, que marcou.
Na jogada seguinte, uma desconcentração incrível da defensiva do Real acabou por resultar no 2-0, com Roman Yaremchuk, a aproveitar um erro para marcar com o gol aberto.
Foi nos descontos da primeira parte, após muitos assobios vindos da bancada, que Vinícius Júnior começou a aparecer. Marcou aos 45+5′, na cara do gol, após um cruzamento rasteiro vindo da direita. Celebrou em direção à arquibancada, com um gesto que simboliza a luta contra o racismo, e ‘incendiou’ os torcedores adversários.
O brasileiro ainda viria a empatar o jogo, numa joga parecida, desta feita a fazer a emenda de cabeça. Um gesto técnico irrepreensível, que foi mais uma vez muito festejado em direção dos torcedores. 2-2 e o Real Madrid voltava a disputa, mas não conseguiu partir para a frente do marcador.
Um pênalti a favor do Valencia ainda foi revertido, já nos descontos, após indicação do VAR. Mas o ‘caldo entornou’ no final do jogo, com culpa do árbitro Jesus Gil Manzano. Ele deixou um escanteio ser marcado, já depois do tempo suplementar, e apitou para o fim do jogo durante um cruzamento a favor do Real Madrid. Bellingham marcou de cabeça, mas não valeu. O inglês protestou e viu cartão vermelho.