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Juíz se declara suspeito e julgamento de cassação de Adail é adiado de novo

Ministério Público está há mais de três meses investigando o prefeito Adail  Filho
Adail (pai), Mayara (filha) e Adail Filho: em família

O julgamento que pode cassar a reeleição de Adail Filho (PP) na Prefeitura de Coari foi novamente suspenso. O desembargador Elci Simões alegou “foro íntimo” e se declarou suspeito de participar do processo. Simões já sofreu punição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sob a acusação de desempatar um julgamento em favor de Adail Pinheiro, pai do atual prefeito, acusado de atos de corrupção eleitoral e abuso de poder econômico.

Integrante do colegiado que julga a ação, Simões paralisou o julgamento duas vezes. Primeiro pediu vistas do processo e depois se julgou suspeito pelo histórico de relação com a família Pinheiro.

Três juízes eleitorais do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) já votaram pela cassação do registro de candidatura do prefeito.

Em sessão virtual, Simões afirmou: “Eu vou devolver esse processo agora e averbar a minha suspeição por motivo superveniente íntimo. Algumas posições que eu tenho que tomar judicialmente, então eu estou me julgando suspeito por motivos de foro íntimo”.

Nesta sexta (11), os magistrados decidiram que a continuação do julgamento do recurso depende da substituição de Simões antes do dia 18 de dezembro, que é o prazo final para diplomação de Adail Filho.

Saiba mais

A cassação de Adail Jose Figueiredo Pinheiro, que não tem ‘Filho’ no nome, partiu de uma ação eleitoral que pede o cancelamento do registro de candidatura dele movido pela Coligação Ficha Limpa para Coari, encabeçada por Robson Tiradentes (PSC).

Segundo Tiradentes, o prefeito eleito estaria tentando um terceiro mandato sucessivo dentro do núcleo familiar – o pai foi eleito em 2012 e Adail Filho venceu as eleições em 2016 e não poderia ser candidato em 2020, de acordo o Artigo 14 da Constituição Federal, que proibi.

Em 14 de novembro último, o juiz da 8ª Zona Eleitoral, Fábio Alfaia, aceitou o registro da candidatura de Adail, apesar da contestação da coligação de Tiradentes e do estudante de Direito, Raione Queiroz, que entraram com recurso contra a participação de Adail no pleito. .

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