O julgamento do policial militar Jeremias Costa Silva, 35 anos, réu por homicídio qualificado da transexual Manuella Otto, 25 anos, foi adiado para o dia 3 de julho. A sessão estava agendada para segunda-feira (3), mas o promotor que faria a acusação se declarou suspeito. Ele não teve o nome divulgado.
“Esclarecemos que o julgamento do referido caso foi adiado para o dia 3 de julho, não por falta de promotor de Justiça […]. Neste caso específico, o promotor titular se deu como suspeito”, diz nota do MPAM, que definirá novo promotor.
Relembre o caso
Conforme denúncia do MPAM, Manuela Otto foi morta na madrugada do dia 13 de fevereiro de 2021 com um tiro nas costas que atravessou o peito, em um quarto de motel na Avenida Sumauma, bairro Monte das Oliveiras, zona norte de Manaus. O disparo foi feito por Jeremias.
Os dois chegaram ao motel no carro de Jeremias, um Chevrolet Prisma branco. Na recepção, pediram lubrificante íntimo e preservativos. Em certo momento, eles começaram a se agredir fisicamente por motivos ainda desconhecidos.
Após o disparo, Jeremias enrolou uma camisa na cabeça e tentou intimidar a recepcionista para abrir o portão do motel e fugir. Diante da recusa, ele acelerou o veículo, derrubou o portão e fugiu. Imagens de segurança registraram o momento da fuga.
No dia 14 de fevereiro, Jeremias compareceu à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros, mas permaneceu em silêncio. A promotora de Justiça Marcia Oliveira denunciou Jeremias no dia 22 de abril de 2021.
O juiz Anésio Rocha Pinheiro, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, recebeu a denúncia no dia 30 de abril de 2021. Três anos depois, em janeiro deste ano, o magistrado decidiu que o réu irá a júri popular.