Ministério Publico Federal pede a saída do ministro do Meio Ambiente do cargo por entender que ele atuou contra a preservação ambiental
O juiz Márcio Moreira, da 8ª Vara Cível do Distrito Federal, decidiu adiar a análise do processo movido pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, até que os recursos do caso sejam julgados.
Os procuradores pedem o afastamento dele do comando da pasta. Isso porque tramita em Brasília a ação por improbidade administrativa em que o ministro é réu.
O caso chegou a ser remetido para a Justiça Federal de Santa Catarina, mas uma decisão do Tribunal Federal da 1ª Região (TRF-1) manteve o caso na capital federal. Contudo, a União apresentou um recurso pedindo a extinção do processo, enquanto o MPF quer que a ação continue a ser analisada em Brasília.
Nessa quarta-feira, os procuradores protocolaram uma petição à justiça do DF reforçando que a ação de afastamento do ministro fosse analisada. No pedido, destacaram que há “perigo na demora” de uma definição.
“A permanência do requerido Ricardo Aquino Salles no cargo de ministro do Meio Ambiente tem trazido, a cada dia, consequências trágicas à proteção ambiental, especialmente pelo alarmante aumento do desmatamento, sobretudo na Floresta Amazônica”, escreveram os procuradores.
O juiz Márcio Moreira rebateu, e disse que a atuação da justiça no caso foi “célere”. Na ação civil pública, iniciada em julho, 12 procuradores acusam Ricardo Salles de promover a “desestruturação de políticas ambientais e o esvaziamento de preceitos legais para favorecer interesses que não têm qualquer relação com a finalidade da pasta que ocupa”.
Eles apontam que o minsitro teve a intenção de fragilizar a atuação do estado na proteção do meio ambiente.