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Justiça condena professor de voleibol a mais de 78 anos de prisão por exploração sexual

De acordo com o apurado no Inquérito Policial que serviu de base para a Denúncia formulada pelo Ministério Público do Amazonas, o réu se aproveitava da condição de treinador e técnico de voleibol para praticar os crimes

Técnico de vôlei é preso no Amazonas por suspeita de estuprar adolescentes  há quase 20 anos - País - Diário do Nordeste

A juíza de Direito Jacinta Silva dos Santos, respondendo pela 2ª Vara Especializada em Crimes contra a Dignidade Sexual e de Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes, condenou nesta quarta-feira (19), o professor de voleibol, Walhederson Brandão Barbosa, de 40 anos, a 78 anos, seis meses e 12 dias de prisão.

O professor foi condenado pelo crime de exploração sexual (art. 218-B, parágrafo 2º, inciso I do Código Penal) contra 11 vítimas do sexo masculino. Conforme a denúncia, os crimes foram praticados entre os anos de 2020 e 2023.

De acordo com o apurado no Inquérito Policial que serviu de base para o oferecimento da Denúncia pelo Ministério Público do Amazonas, o réu se aproveitava da sua condição de treinador e técnico de voleibol para induzir, atrair e submeter as vítimas à exploração sexual. Os atos libidinosos decorrentes da atração e sujeição desses adolescentes ocorreram em Manaus, na casa do professor.

Considerando que a pena privativa de liberdade do réu foi fixada em 78 anos, seis meses e 12 dias de reclusão, o regime inicial de cumprimento de pena deverá ser o fechado, conforme dispõe o art. 33, parágrafo 2º, alínea “a” , do Código Penal. Tendo em vista a pena aplicada e a gravidade dos delitos cometidos, a magistrada negou ao réu o direito de recorrer da sentença em liberdade, determinando assim o imediato cumprimento da pena.

Devido aos fatos mencionados no inquérito policial, o acusado foi preso temporariamente, assim como, deferido o pedido de busca e apreensão. Depois, a prisão dele foi prorrogada por mais 30 dias e após, foi decretada a prisão preventiva.

A Denúncia formulada pelo MPE foi recebida pela Justiça em 5 de março de 2024. Após o réu apresentar sua resposta à Acusação, o Juízo a analisou e concluiu pela ausência de motivos para uma absolvição sumária. A primeira audiência de instrução foi realizada em 21 de junho de 2024, na qual foram colhidos os depoimentos das vítimas, bem como das testemunhas arroladas pelo Ministério Público e pela Defesa.

A instrução processual com os depoimentos das testemunhas e o interrogatório do réu foi encerrada no dia 23 de agosto do ano passado. Da sentença cabe apelação.

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