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Procuradoria do DF confirma denúncia da Lava-Jato contra Lula

Condenações determinadas pela força-tarefa de Curitiba foram aceitas pelo então juiz da operação, Sérgio Moro, e anuladas pelo Superior Tribunal Federal, que julgou o magistrado ‘suspeito’

A Procuradoria da República do Distrito Federal confirmou à Justiça as denúncias feitas pela força-tarefa da Lava-Jato, em Curitiba, contra Lula no caso do instituto que leva o nome dele, em São Paulo. De acordo com a denúncia, há “extenso lastro probatório” envolvendo propina da construtora Odebrecht, na compra do terreno para a construção da entidade, e de um apartamento de cobertura, no valor de R$ 504 mil.

As acusações envolvem também o ex-ministro Antônio Palocci e o empresário Marcelo Odebrecht, que teria custeado os bens.

A denúncia já havia sido aceita pelo juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro, em Curitiba, mas foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou o então magistrado suspeito.

No ofício obtido pelo jornal, o procurador do MPF-DF, Frederico Paiva, diz que qualquer procurador poderia subscrever novamente a denúncia, em razão do “extenso lastro probatório”, e que não há nulidade na ação. A denúncia será novamente analisada pela Justiça.

Saiba mais

O terreno, no valor de R$ 12 milhões, serviria de sede para o Instituto Lula, em São Paulo. E a cobertura, no valor de R$ 504 mil, era vizinha à residência do petista em São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo.

O petista chegou a ser acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Palocci seria o intermediador. Em contrapartida, eles teriam atendido a pedido de favorecimento à Odebrecht em oito contratos firmados pela Petrobras.

A acusação foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF) de Curitiba e aceita, em dezembro de 2016, pelo então juiz da Lava Jato, Sergio Moro. Depois do STF determinar a suspeição de Moro, todas as provas colhidas pela investigação em Curitiba foram anuladas.

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