O médico Edson Ritta Honorato, de 67 anos, teve a prisão relaxada pela Justiça do Amazonas. Ele estava preso na Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente após ser flagrado com uma menor de 16 anos, pela polícia amazonense, suspeito de aliciar jovens para prostituição.
A decisão de soltura do preso foi da juíza Themis Lourenço, que alegou em seu despacho a “ilegalidade no ato da prisão do suspeito”.
Segundo a magistrada, no auto de prisão em flagrante do médico não havia indícios suficientes do estado de flagrância, além da ausência de formalidades essenciais no documento até momento da realização da audiência de custódia, que ocorreu por volta das 17h25 de quarta.
“É de bom tom mencionar que a Autoridade Policial nem sequer anexou aos autos do processo os termos de depoimentos dos policiais responsáveis pela prisão em flagrante, apenas citou no boletim de ocorrência os nomes, nem ao menos consta o termo de oitiva da suposta vítima. Soma-se a este fato, inclusive, o laudo de exame de corpo de delito realizado na vítima (que não trouxe elementos indicativos capazes de evidenciar o estado de flagrância do custodiado”, justificou a decisão a juíza.
Themis Lourenço concedeu, ainda, medidas protetivas em favor da vítima, como tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, além de proibir o suspeito de se aproximar dela, de seus familiares e das testemunhas, fixado o limite mínimo de 300 metros de distância.
Honorato é investigado há dois meses pela polícia após denúncias informando que ele levava menores para casa onde foi preso, no Novo Aleixo.
Ontem (6) policiais montaram uma campana próxima da casa e ele foi preso com a menina de 16 que, segundo ele, fazia faxina na residência. Mas ao ser ouvida na delegacia, ela disse que também recebia para manter relações sexuais com ele.
A polícia acredita que a menina não foi a única vítima do suspeito. Há suspeitas de que a irmã dela também tenha passado pela mesma situação.
Os agentes também investigam quem seria o possível aliciador que levava as vítimas para o médico.
