
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) mandou soltar três dos cinco empresários presos na Operação Ganância da Polícia Federal (PF), que investiga o garimpo ilegal de ouro na Amazônia.
O grupo empresarial foi preso no início deste mês suspeito de extração e comércio ilegais de ouro, lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa.
A PF apontou que os empresários movimentaram mais de R$ 16 bilhões em suas contas bancárias entre 2019 e 2021.
Marcelo Alves Macedo foi solto em decisão publicada na quarta-feira (20) pelo juiz federal Saulo Casali Bahia. Na liminar, o magistrado destacou que “a liberdade é a regra e a prisão é a exceção”.
Prefeito de Jutaí favorecia garimpo e outros crimes ambientais
O prefeito de Jutaí, no sudoeste do Amazonas – 630 km da capital – Pedro Macário Barboza – que foi afastado por 90 dias do cargo a pedido da Justiça esta sob investigação.
O esquema que envolve, ainda, vereadores, foi descoberto após a prisão de um garimpeiro que revelou como funcionava a organização.
Os valores pagos da extorsão aos garimpeiros e comerciantes eram pagos em dinheiro e ouro. A PF esteve no apartamento do prefeito num condomínio em Manaus.
O prefeito já foi preso em flagrante, em novembro do ano passado com 257 gramas de ouro ilegal. Ele tentava embarcar no Aeroporto de Tefé com destino a Manaus transportando o minério avaliado em cerca de R$ 80 mil.
Quém é Marcelo
Marcelo é CEO da Instrauad, uma empresa de Boa Vista do ramo de saúde que teria sido usada para a lavagem de capitais do garimpo, com a criação até mesmo de uma criptomoeda.
Além disso, ele é irmão do garimpeiro Márcio Macedo Sobrinho, dono da Gana Gold e apontado pela PF como um dos mentores intelectuais do grupo.
Alysson Alves da Silva foi solto na noite dessa quinta-feira (21), também por Saulo Casali Bahia. Segundo a PF, ele seria o responsável por ocultar e dissimular os recursos da exploração ilegal de ouro.
Já Domingos Dadalto Zoli, considerado principal auxiliar de Márcio Macedo na administração dos garimpos, foi solto no dia 10. Márcio Macedo e Dionei Farias de Brito, contudo, seguem presos.