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Ex-presidente peruano envolvido em corrupção da Odebrecht se mata

O ex-presidente peruano, Alan García, morreu em decorrência do ferimento após atirar contra si mesmo durante uma operação policial que pretendia prendê-lo por envolvimento em caso de corrupção ligado à empreiteira brasileira Odebrecht. Após realizar o disparo contra a própria cabeça, García foi levado ao hospital Casimiro Ulloa, mas não resistiu.

Segundo divulgado pela rede de televisão Telesur, o ex-presidente teria sofrido quatro paradas respiratórias durante uma intervenção cirúrgica antes de morrer no hospital na capital peruana, Lima. 

Alan García Pérez, nascido em 23 de maio de 1949, foi presidente do Peru por dois mandatos, entre 1985 e 1990 e depois entre 2006 e 2011.

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Alan García deu um tiro na cabeça após a chegada de policiais; ele foi levado a um hospital de Lima.

O ex-presidente peruano Alan García tentou suicídio com um tiro na manhã desta quarta (17), depois da chegada de policiais na sua casa, em Lima, para prendê-lo por um caso de corrupção ligado à empreiteira brasileira Odebrecht, de acordo com policiais ouvidos pela agência Reuters.

A Justiça do Peru havia determinado a prisão de dez dias do ex-presidente pela acusação de receber dinheiro ilegal da Odebrecht em uma campanha eleitoral em 2006, de acordo com o site do jornal peruano “El Comercio”.

Segundo a publicação, às 6h25 de Lima (8h25 em Brasília), policiais chegaram à casa de García com um mandado de busca e apreensão. Pouco depois, uma equipe de escolta pediu ao ex-presidente que descesse, porque também havia um pedido de detenção.

Eles relataram que García se comunicou com seus advogados e, então, se escutou um disparo. Ele foi levado ao hospital Casimiro Ulloa e, segundo a TV peruana America, está em estado crítico e foi submetido a uma cirurgia.

Propinas da Odebrecht A Odebrecht é investigada no Peru por ter pago propina para ganhar contratos de obras de infraestrutura.

Os casos de suborno da Odebrecht no país já levaram à prisão o ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski e a líder da oposição, Keiko Fujimori. Kuczynski, que nega envolvimento com qualquer irregularidade, foi detido na quarta-feira (10), após a emissão de uma ordem de prisão preliminar por suspeita de envolvimento com esquema de lavagem de dinheiro.

Os ex-presidentes Ollanta Humala e Alejandro Toledo também tiveram a imagem abalada por envolvimento com irregularidades relacionadas à construtora brasileira.

Em fevereiro, a Odebrecht fechou acordo de colaboração com o governo do Peru. A companhia já fez acertos similares com outros sete países: Brasil, Estados Unidos, Suíça, República Dominicana, Panamá, Equador e Guatemala.

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