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Lira negocia apadrinhado do PP na Saúde, Lula resiste

Lira negocia apadrinhado do PP na Saúde, Lula resiste, e Planalto sugere trocas por etapas

Para tentar avançar nas negociações com o governo, aliados do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), avaliam propor que o PP possa apadrinhar um ministro da Saúde que seja do setor, em vez de indicar diretamente um parlamentar para o comando da pasta.

O centrão, grupo liderado por Lira, quer que o presidente Lula (PT) abra espaço na Esplanada dos Ministérios para acomodar integrantes de partidos como PP, União Brasil e, ainda que incerto, o Republicanos.

Interlocutores de Lula defendem que as trocas em ministérios sejam feitas separadamente. A ideia é que, com isso, seriam reduzidas as críticas de que o governo federal está atendendo a pleitos do centrão em uma reforma ministerial.

A primeira etapa deve ser a indicação do deputado Celso Sabino (União Brasil-PA) para o Ministério do Turismo, atualmente comandado por Daniela Carneiro (RJ). Em abril, Daniela pediu desfiliação da União Brasil. Integrantes do partido acreditam que a substituição poderá acontecer na próxima semana.

As negociações com o centrão para os demais ministérios ainda estão emperradas. Lula, segundo aliados, quer blindar o Ministério da Saúde, apesar do apetite de cardeais da Câmara. Deputados próximos de Lira reconhecem que, na visão de Lula, o cargo de Nísia Trindade (Saúde) é inegociável –ela nunca teve filiação partidária.

A estratégia, porém, é insistir no plano e apresentar a ideia de não indicar um parlamentar, e sim um nome visto como técnico com o apoio do PP.

Com isso, aliados de Lira tentam diluir as digitais do centrão na indicação. A troca tem o objetivo de acelerar a liberação de emendas parlamentares e assumir controle do orçamento bilionário da pasta.

O grupo de Lira prefere um ministério robusto, em vez de conseguir indicar integrantes do primeiro escalão de pastas menos relevantes.

Após a Câmara derrubar parte da estrutura da Esplanada dos Ministérios do governo Lula 3, o Palácio do Planalto fez acenos para atender a pedidos do centrão, inclusive ampliar o espaço do grupo no governo.

Lula entrou na articulação política, se reuniu com Lira e com o líder da União Brasil, deputado Elmar Nascimento (BA). Durante o encontro com Lira, segundo aliados de ambos, o presidente também afirmou que deve fazer mudanças pontuais na Esplanada.

No caso do Republicanos, a cúpula do partido tem resistido a entrar no governo, apesar de parte da bancada na Câmara ter a intenção de indicar aliados para cargos no Executivo.

Deputados próximos de Lira afirmam que, diante do impasse, o Republicanos deverá ficar com cargos relevantes de segundo e terceiro escalão. A negociação mais avançada é com Elmar e a bancada da União Brasil.

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