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Comércio estima alta nas vendas do Dia das Mães

Segundo economistas, a baixa confiança do consumidor e o pouco acesso a crédito são alguns dos obstáculos para esta data.

Há duas semanas do feriado do Dia das Mães, que será comemorado dia 12 de maio, o comércio varejista de Manaus ainda se mostra pouco otimista quanto a evolução das vendas. A Federação do Comércio do Amazonas (Fecomércio-AM) calcula um crescimento de 2% nas vendas, em comparação ao mesmo período de 2018, que foi considerado um ano ruim para o comércio.

Visando incrementar as vendas nesse período, alguns shoppings da cidade estão usando o mecanismo das promoções, oferecendo festival cultural e até ingressos para shows.

Pelo segundo mês consecutivo, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou queda. Este mês, o índice medido pela Confederação Nacional do Comércio caiu 1,9%. Em março, ele já havia recuado em 0,4%.

O desemprego, a taxa de juros e a recuperação lenta da economia mostram, para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, que as famílias brasileiras estão, no momento, com maior cautela para consumir.

Pesquisas divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as vendas do comércio, nos dois primeiros meses do ano, apresentaram queda em relação ao mesmo período de 2018. O Dia das Mães é considerado a segunda melhor data do ano para o comércio, perde apenas para o Natal, embora a Black Friday que acontece em novembro, com variadas promoções, já faça parte do calendário do setor.

Para o presidente da Fecomércio-AM, Aderson Frota, as indefinições na economia refletem negativamente nas vendas, e o setor produtivo espera definições da política econômica para decidir sobre os seus investimentos, que vão gerar emprego e renda.

“Se a economia melhorar, os investimentos voltarão a acontecer, gerando emprego e trazendo mais confiança para o consumidor. Com isso as vendas vão melhorar”, avaliou Frota.

O presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ataliba David Antonio, avalia que o cenário econômico atual é ruim para o setor. Segundo ele, os empresários do comércio não esperam uma alta significativa nas vendas no Dia das Mães deste ano, uma vez que a “economia está patinando” e o desemprego ainda é muito alto.

Segundo Ataliba, a tendência é que os consumidores não façam grandes gastos, optando em presentes mais em conta, como roupas e sapatos. A perspectiva, de acordo com ele, é que a economia melhore no segundo semestre.

“Se crescermos 2% devemos festejar, porque de qualquer forma é um crescimento”, destacou o presidente do Fecomércio-AM. Ele acrescenta que, com a economia praticamente parada, os empresários não se sentem seguros para fazer novos investimentos ou fazer grande compras.

Mas ele disse que está otimista que as vendas do Dia das Mães, como nos anos anteriores, dê o start para as vendas do segundo semestre do ano, quando se espera que a proposta de reforma da Previdência já esteja aprovada.

Promoções

Com as vendas em baixa em Manaus, vale tudo para convencer os consumidores a comprar presente para a mãe. O Manaus Plaza Shopping, por exemplo, realiza no período de 1 a 12 de maio, a campanha “Amor que ela sente na pele” vem com uma promoção “comprou-ganhou”, em que o centro de compras vai dar um hidratante corporal Castanhita de O boticário, uma das marcas mais conceituadas de cosméticos e perfumaria do país, nas compras acima de R$ 150.

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