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O ex-secretário da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Luiz Castro, fez um pronunciamento hoje (28) de manhã afirmando que entrega a pasta porque contrariou interesses e precisa cuidar da saúde e da família.
“Empresário contrariado em seus interesses, porque não cumpriu o contrato como devia com a contratação de todos monitores e teve descontado nas suas faturas o que não era para receber. Fez a denúncia, que não me atinge. Essa denúncia tem que ser investigada. Eu quero que a verdade aflore e trazer todos os elementos para ajudar. Quero mostrar que em nenhum momento participei ou apoiei desvio de finalidade”, disse o Castro em sua despedida pela internet .
Ainda segundo o ex-secretário, é do seu interesse que todos os fatos venham a tona na sindicância feita pela Seduc, apuração pelo Ministério Público e outros órgãos que investigam as denúncias de irregularidades na gestão dele. “Se houver alguma coisa errada que os responsáveis paguem. Vou me afastar porque preciso cuidar da minha saúde e da minha família. Há muitos anos não faço isso”.
Castro falou que foi mal interpretado e que fez as poucas dispensas de licitação dentro do que reza a Lei 866, pensando exclusivamente na garantia dos transportes dos alunos do interior, das comunidades rurais para escolas das sedes de municípios, para garantir a merenda e a alimentação nas escolas de tempo integral. “Fizemos isso de maneira célere, muito rápida para não causar enorme prejuízo as crianças, adolescentes e jovens. Mas o fizemos de boa fé e voltado para o bem de nossas crianças e jovens”.
Enquanto não sai o nome do novo secretário, o substituto interino deverá ser o secretário Executivo da pasta, Luiz Fabian Pereira Barbosa. No roll das especulações comenta-se ainda a indicação da deputada estadual Alexandra Campêlo (MDB), que vinha sendo cogitado há algum tempo, e do ex-secretário da Seduc e da Semed, nas gestões do governador e prefeito Amazonino Mendes, respectivamente, Vicente Nogueira.
As denúncias que afetaram a saúde do ex-secretário e provocou seu desgaste à frente da Seduc foram supostas irregularidades apontadas pelo Ministério Público de Contas (MPC) na execução do contrato nº 10/2019 e a a delação do dono da Dantas Transportes à justiça em supostos casos de licitação e mensalinhos, e também os seguidos embates com o vice-governador Carlos Almeida, a qual o secretario teria se queixado há dias que ” o vice governador manda mais que o governador Wilson Lima”. Castro e Almeida brigavam pela indicação do governador Wilson Lima rumo a prefeitura de Manaus em 2020.
