Luiz Eduardo Baptista, o Bap, será o presidente do Flamengo no próximo triênio (2025 a 2027). A Chapa 1 (Raça, Amor e Paixão), de oposição, encabeçada pelo empresário de 64 anos, venceu o pleito com 1.731 votos, em eleição realizada ao longo desta segunda-feira (9), na Gávea. O novo mandatário toma posse no dia 18 de dezembro. Com 3.272 votos ao todo, esta eleição do Flamengo foi a de maior votação do século XXI, superando os 3.039 votos do pleito de 2018.
O resultado impediu o terceiro mandato seguido do grupo que compõe a Chapa 3 (UNI-FLA), liderada pelo atual vice-presidente, Rodrigo Dunshee, e que tinha o apoio do atual presidente Rodolfo Landim. A situação ficou com 1.166 votos. A Chapa 2 (Mengão Maior), de Maurício Gomes de Mattos, terminou com 363 votos.
O resultado final:
- Bap: 1.731
- Dunshee: 1.166
- Maurício: 363
- Brancos: 5
- Nulos: 7
A chapa de Bap terá direito a colocar 80 membros no Conselho Deliberativo (60 titulares e 20 suplentes) e 72 no Conselho de Administração (48 titulares e 24 suplentes). Já a chapa de Dunshee, que ficou em segundo lugar, terá 20 cadeiras no Deliberativo (15 titulares e cinco suplementes) e 18 no Conselho de Administração (12 titulares e seis suplentes).
Ao seu lado, Bap vai contar com Flávio Willeman como vice-presidente. O advogado ocupou o posto de vice jurídico durante os dois mandatos de Eduardo Bandeira de Mello no Flamengo, entre 2013 e 2018. Da mesma chapa, Gustavo Fernandes foi eleito presidente da Assembleia Geral. Além de Willeman, a chapa conta com outros ex-dirigentes do Flamengo, como Rodrigo Tostes, Claudio Pracownik, Ricardo Lomba e Antônio Tabet.
O presidente eleito do Flamengo fez parte da política rubro-negra nos últimos anos. Bap foi vice de Marketing do clube na gestão de Eduardo Bandeira de Mello, que começou em 2013, mas acabou rompendo com o então presidente. Em 2018, ele fez parte da chapa de Rodolfo Landim, que acabou eleita, e assumiu o cargo de vice-presidente de Relações Externas. Novamente, entrou em atrito interno e deixou a gestão.
Atualmente, Bap ocupa a presidência do Conselho Administrativo do Flamengo. Fora do clube, o dirigente construiu carreira longeva no mercado mídia. Ele foi presidente da DirecTV por dois anos e, depois, assumiu o comando da SKY, quando as duas empresas de TV paga se fundiram.
Entre as promessas de campanha que mais repercutiram está a contratação de um diretor técnico para coordenar o futebol do clube. O dirigente seria profissional e não mais amador, como funcional atualmente, e teria a responsabilidade de estruturar o futebol, com um DNA rubro-negro, desde a base até o elenco profissional.