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Lula defende endividamento para aumentar renda e crédito no Brasil

Depois de desprezar os livros de Economia, Lula agora prega que para a economia volte a crescer defendeu esta semana, na Espanha, o endividamento do setor público e da iniciativa privada, para gerar renda e emprego. “Não se pode fazer dívida para pagar dívida”, afirmou.

Ele vem cobrando a queda da taxa básica de juros (Selic), de 13,75% ao ano, como um mantra como se fosse resolver o problema da economia num embate explícito com o Banco Central. Para Lula, é vital que a oferta de crédito aumente, mas a um custo bem mais baixo. “Sem crédito, a economia não cresce.”

Na véspera, ele havia pedido que os espanhóis fossem para o Brasil fazer empréstimos a juros menores. O Santander, por sinal, tem no país o seu maior negócio fora da Espanha. Como praticamente ninguém acredita nesse movimento, Lula assegurou que os bancos públicos — Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia — voltarão a abrir os cofres para financiar a produção e o consumo.

“No governo passado, esses bancos não emprestavam dinheiro, porque não queriam que o Brasil crescesse”, acusou.

Segundo o presidente, que foi recebido pelo primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, o crescimento econômico é vital, porque o Brasil não pode oferecer, permanentemente, programas assistenciais, como o Bolsa Família.

Na avaliação dele, ao longo do tempo, os benefícios devem ser substituídos por empregos de qualidade. Atualmente, mais de 20 milhões de famílias recebem ajuda de R$ 600 por mês do governo federal.

Com o desemprego na casa dos 8%, quase 10 milhões de trabalhadores não têm nenhum tipo de renda. “E temos 33 milhões de pessoas passando fome”, assinalou.

Lula acredita que o Banco de Desenvolvimento do Brics, acrônimo que reúne, além do Brasil, China, Índia, Rússia e China, também pode ser um grande financiar de projetos que impulsione o Produto Interno Bruto (PIB) desses países.

“Podemos transformar esse banco numa instituição muito maior que o Banco Mundial (Bird), que, em algum momento, já foi ultrapassado pelo BNDES”, frisou. “Tudo, porém, será feito com responsabilidade”, ressaltou. O presidente disse, também, que é preciso ver a possibilidade de os países que formam o Brics passarem a fazer comércio em suas moedas, não mais em dólar.

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