
O presidente eleito Lula da Silva teve alta na manhã desta segunda-feira, às 7h45, após internação em São Paulo, no Hospital Sírio-Libanês, para uma laringoscopia e retirada de uma leucoplasia – uma lesão potencialmente maligna, que se manifesta como placa branca (lesão plana) nas superfícies da mucosa. O procedimento foi feito no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Ele foi acompanhado pelas equipes médicas coordenadas por Roberto Kalil Filho, Artur Katz, Rubens Brito, Rui Imamura e Luiz Paulo Kowalski.
Em 2011, Lula teve um câncer de três centímetros de diâmetro na laringe, que o fez passar por mais de 30 sessões de quimioterapia. O tratamento o curou da doença.
Durante a campanha, Lula apresentou rouquidão e o esforço para falar. Os dois sintomas caracterizam a chamada leucoplasia na laringe.
A leucoplasia é o aparecimento de manchas ou placas brancas principalmente nas pregas vocais, mas que também podem surgir na região da laringe. Essas lesões são consideradas pré-malignas. Apesar do prognóstico, a evolução para um câncer ocorre em menos de 20% dos casos.
A lesão ocorre pelo depósito de queratina sobre o tecido das pregas vocais ou da laringe. Essa é uma resposta das células da região por conta de sucessivas “agressões” provocadas pelo tabaco, consumo de álcool ou por refluxo gastroesofágico.
O principal sintoma da leucoplasia é a rouquidão, que tem caráter progressivo, podendo ocorrer ardor e sensação de corpo estranho na garganta, dor ao engolir e fadiga ao falar.
O problema afeta, normalmente, homens com mais de 40 anos que fumam ou consomem com frequência bebidas alcoólicas – caso de Lula. O tratamento da leucoplasia é cirúrgico, mas estudos recentes apontam a vitamina A como possível tratamento clínico.