
O presidente Lula disse nesta sexta-feira (2) que só vai assinar um acordo de livre comércio com a União Europeia se os países signatários aceitarem as condições do Brasil. A principal delas é não permitir participação externa nas compras governamentais.
“A gente tem que apostar na empresa brasileira. Os europeus querem que o Brasil abra as portas para as compras governamentais”, afirmou, ao destacar que cabe ao Estado garantir a sobrevivência da indústria nacional.
Em discurso durante visita à nova fábrica da Eletra, que produz ônibus elétricos, em São Bernardo do Campo (SP), o petista mirou as relações internacionais do Brasil. Lula está em São Paulo desde o início da manhã, onde cumpre extensa agenda.
Ele voltou a cobrar dos países desenvolvidos recursos prometidos para ajudar o Brasil e outras nações em desenvolvimento a protegerem florestas e reduzirem danos ambientais e climáticos: “Estou esperando até agora os US$ 100 bilhões”.
Lula já havia feito cobrança semelhante no início de maio, quando participou do encontro do G7, no Japão. Segundo o presidente, a promessa foi feita em 2009, na COP de Copenhague, mas até agora o dinheiro não chegou. O G7 é formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.


