por: Retenção gera congestionamento de ambulâncias no estacionamento do pronto-socorro e prejudica serviço aos manauaras durante o Carnaval, que ficam sem atendimento do 192
O Carnaval tem produzido muita alegria, descontração, aquecimento das vendas e alta dos serviços no comércio, mas também tem provocado uma superlotação nos prontos-socorros dos hospitais de Manaus. Neste final de semana, cerca de 10 ambulâncias do Samu 192 – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – foram obrigadas a permanecer estacionadas no pátio do Hospital João Lúcio, na Zona Oeste da cidade, porque suas macas ficaram retiradas servindo de leito hospitalar.
“Gente, a gente pede um pouco de paciência a população que precisa do Samu Manaus. Nossas ambulâncias estão praticamente todas retidas aqui no João Lúcio com as macas presas”, explicou em vídeo publicado na internet – assista abaixo – um dos socorristas do Samu informando a situação no final da tarde deste domingo (11).
“A gente está aqui tentando liberar essas ambulância para atender a população. Nossas macas estão servindo de leito no João Lúcio e a gente está tentando fazer o pode para atender a população e ver o caos que está ocorrendo. Lembrando que o Samu está funcionando, mas está com as macas retidas dentro do pronto-socorro do Hospital João Lúcio”, diz o técnico de saúde.
Sem elas, as ambulâncias do Samu não podem sair para fazer novos atendimentos. Uma maca presa no hospital é um paciente que deixa de ser atendido.
Mas de acordo com funcionários do Samu isso não vem ocorrendo, e a equipe tem que ficar esperando a devolução da maca.
Quando a ambulância do Samu deixa um paciente no hospital, junto com ele vai uma maca. O hospital deveria receber o paciente e devolver a maca o mais rápido possível para que a equipe possa fazer outros atendimentos.
A reportagem acionou a Secretaria de Comunicação Social do Governo do Amazonas (Secom) e aguarda um posicionamento sobre a falta de leitos no pronto-socorro do Hospital João Lúcio, que provou toda essa situação no final da tarde de ontem (11).
Lei resolveu problema no Rio e SP
Para resolver esse tipo de situação, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, no último dia 3 deste mês, Projeto de Lei (PL) que proíbe a retenção das macas.
No Rio de Janeiro, a Câmara dos Vereadores também criou uma Lei que determina a imediata devolução das macas para os socorristas do Samu e do Corpo de Bombeiros por hospitais públicos e privados.
A norma proíbe que hospitais, clínicas e demais unidades hospitalares mantenham em suas dependências as macas de ambulâncias de serviços de resgate utilizadas para atendimentos de urgência
