
Horas depois de desencadear a Operação Liberdade, anunciar ter o apoio das principais unidades da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e convocar mobilizações populares nesta terça-feira, 30, o líder oposicionista da Venezuela Juan Guaidó dá demonstração de ter perdido força e Nicolás Maduro continua como presidente dos venezuelanos, apesar de confrontos nas ruas da capital Caracas.
Durante as manifestações blindados da Guarda Nacional da Venezuela atropelaram uma multidão. Até o momento há 50 feridos nos confrontos. À tarde em torno de 25 a 30 militares do exército venezuelano estão na embaixada brasileira na capital venezuelana, onde pediram áxilo.

Reunido com manifestantes favoráveis à deposição de Maduro na Plaza Francia, em Caracas, Guaidó disse mais cedo que “hoje está claro que as Forças Armadas estão com o povo e não com o ditador”. Ele discursou ao lado de Leopoldo López, ex-prefeito da capital e um dos líderes da oposição venezuelana. Preso desde 2014, o político afirma ter sido libertado por um “indulto presidencial” concedido pelo líder da Assembleia Nacional. Depois López foi para a embaixada do Chile em Caracas, junto com a mulher, Lilian Tintori, e os filhos.
Pelo Twitter, governantes e políticos estrangeiros apoiaram a iniciativa de Guaidó, com exceção da Rússia, que queixou-se da violência da oposição. O presidente Jair Bolsonaroo afirmou que acompanha com “grande atenção” a situação da Venezuela e encorajou outros países a apoiarem uma “solução que ponha fim na ditadura de Maduro”.
Nos EUA Donald Trump diz estar monitorando de perto a situação. O presidente americano postou no Twitter que está acompanhando de perto a situação em Caracas. “Os Estados Unidos estão ao lado do povo da Venezuela e de sua liberdade”, escreveu.
O chefe da milícia venezuelana, Valentín Santana, gravou um vídeo pedindo que seus seguidores defendam o regime de Nicolás Maduro “com armas”. O chavista também convocou os cidadãos a se dirigirem ao Palácio de Miraflores para protestar contra o movimento de Juan Guaidó.
“Chegou o momento de defender a revolução com armas”, disse ele, carregando um rifle de guerra. “Estou mostrando meu rosto, sem capuz, e vou defender meu país”.
Já o ministro da Defesa de Nicolás Maduro, Vladimir Padrino, afirmou que as Forças Armadas do país seguem “firmemente em defesa” do governo “legítimo” de Maduro. Em uma série de tuítes, Padrino disse que todas as unidades militares do país declararam “normalidade” em seus quartéis e bases militares.
No Brasil o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, divulgou nota onde governo Bolsonaro ‘acompanha com grande atenção a situação no país vizinho’ reafirma o “irrestrito apoio” ao povo venezuelano.
Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro expressou seu apoio à Juan Guaidó para derrubar o regime de Nicolás Maduro, e mencionou que a ditadura venezuelana tem como apoiadores no Brasil PT e o PSOL.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Grupo de Lima reiteraram apoio ao presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó; o senador dos EUA Marco Rubio pediu que os venezuelanos impeçam a “colonização” cubana.
Em reação às declarações e à movimentação liderada por Guaidó em Caracas, Nicolás Maduro declarou pelo Twitter que conta com a lealdade dos generais das forças territoriais do país desde janeiro passado. Na postagem, o ditador disse ter “nervos de aço”.