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Maduro diz que “arrebenta dentes” de Brasil e Colômbia em caso de ataque


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, advertiu a seu homólogo brasileiro Jair Bolsonaro para “aventuras militares” contra o povo venezuelano.
Foto: Reprodução

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou na noite desta terça-feira (14), que a Força Armada Nacional Bolivariana está pronta para “arrebentar os dentes” de Brasil e Colômbia em caso de ataque militar.

“Elevamos a capacidade de defesa da pátria. Conheço os planos imperiais, conheço em detalhes os planos da oligarquia colombiana e de Jair Bolsonaro”, disse.

As declarações de Maduro foram feitas durante discurso anual à nação na Assembleia Nacional Constituinte, composta por aliados do governo.

Maduro voltou a dizer que o Brasil se envolveu no ataque a uma base no sul da Venezuela em dezembro de 2019.

“Um grupo de terroristas, mercenários, desertores, traidores apoiados, financiado e amparado pelos governos de Jair Bolsonaro do Brasil e Iván Duque da Colômbia assaltaram um quartel no estado Bolívar”, declarou. “Roubaram fuzis, lançadores de morteiros e mísseis estratégicos. Em uma sanha assassina, mataram um jovem soldado de nossa Força Armada Nacional Bolivariana.”

Disse que o regime “conseguiu capturar a maioria dos terroristas e recuperar 95% das armas roubadas”. “O resto foi levado para o Brasil, amparados pelo governo fascista de extrema direita de Jair Bolsonaro”, falou, sem apresentar provas.

À época, o Itamaraty negou qualquer envolvimento do Brasil no episódio. O governo brasileiro, no entanto, concedeu refúgio à 1 grupo de militares desertores do regime –decisão criticada pelo ministro das Relações Exteriores do regime, Jorge Arreaza.

O governo brasileiro faz oposição à gestão Maduro. Bolsonaro reconhece Juan Guaidó, principal nome de oposição na região, como presidente interino da Venezuela desde fevereiro do ano passado.

A Venezuela também passa por uma forte crise econômica. A inflação anualizada para novembro foi de 13.476%, segundo dados do Congresso. Milhões de pessoas já emigraram da região. No sábado, o governo venezuelano elevou em 66% o salário mínimo para 250 mil bolívares por mês, cerca de R$ 15 (ou US$ 3,71).

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