
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou a ideia de novas eleições no país, afirmando que os Estados Unidos sugerirem isso é “intervencionista”. As eleições no país passam pela acusação de que tenha sido fraudada com a eleição de Maduro.
O presidente Joe Biden respondeu em entrevista que concordava com a possibilidade de novas eleições na Venezuela proposta pelo assessor brasileiro para assuntos internacionais, Celso Amorim, e o presidente Lula, como se fosse um segundo turno eleitoral, o que também foi condenado pela oposição ao ditador venezuelano, amigo do petista.
Em resposta, Maduro afirmou durante discurso na televisão estatal que rejeita “absolutamente que os Estados Unidos estejam tentando se tornar a autoridade eleitoral da Venezuela”. Ele também afirmou que a opinião de Biden é “intervencionista sobre as questões internas da Venezuela”. “Meia hora depois eles a desmentiram”, finalizou.
Já a líder da oposição ao governo de Maduro, María Corina Machado, considera a ideia uma falta de respeito com o eleitorado venezuelano. De acordo com ela, é a primeira vez em 15 anos que a oposição tem provas de que ganhou as eleições, com a candidatura de Edmundo González.
Em coletiva de imprensa, ela afirmou: “Se não agradar o resultado de uma segunda eleição, vamos para a terceira? Para a quarta? Quinta? Vocês aceitariam isso em seus próprios países?”. E completou: “Propor isso é desconhecer o que aconteceu em 28 de julho. É um desrespeito aos venezuelanos”.
A proposta de Lula seria a formalização de um segundo turno nas eleições da Venezuela, de modo que houvesse uma disputa direta entre Maduro e González. A ideia surge do interesse do brasileiro em resolver o impasse eleitoral venezuelano.


