
Cacique atuava em lideranças de mais de 40 comunidades indígenas. Foto: Internet
Dulcineia Ferreira Lima, de 51 anos, encontrada decapitada na manhã de ontem (17), era esposa do cacique Tukano Francisco de Souza Pereira, assassinado em fevereiro deste ano, na Zona Norte de Manaus. Junto com a mãe, a polícia encontrou o filho do casal, também decaptado.
A informação foi confirmada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros. Em fevereiro, o cacique teve a casa invadida e foi morto a tiros na frente da esposa e uma filha de 11 anos. O cacique atuava na lideranças de 42 aldeias, segundo sua família.
Entenda o caso

A mulher do cacique, Lucineia, a “Baiana”, e o filho, Yuri Lima Barros, de 19, e um outro jovem identificado apenas como Matheus foram encontrados na madrugada a última quinta-feira (17), com as cabeças cortadas e com inscrições CV (Comando Vermelho) feitas com o próprio sangue das vítimas na janela e porta de casa.
Os corpos estavam em um matagal, na comunidade (invasão) Itaporanga, no Conjunto João Paulo, na Zona Norte de Manaus, onde as vítimas moravam. De acordo com policiais da 15ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), a sigla CV pode ser de Comando Vermelho e os assassinos pertencer da facção criminosa carioca.
Na casa de Ducineia e do filho, a polícia encontrou as iniciais da organização inscrita na porta, janela e numa geladeira na cozinha da família. No mesmo dia, os assassinos da mãe e do filho divulgaram um vídeo onde falavam que pertenciam ao CV e que estavam atrás de armas em poder da família. As imagens mostram um dos matadores colocando uma granada no rosto de Dulcineia e falando que o filho dela vai morrer.