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Maioria dos casais no Amazonas prefere manter nome de solteiro

 Dos 13.953 casamentos realizados no Amazonas em 2024, em 7.801 não houver alteração no sobrenome. Os casais optaram por manter os nomes de solteiros. O percentual foi de 55,95%, índice que confirma tendência que que ocorre desde 2020 quando a marca foi de 37,32%, segundo dados dos Cartórios de Registro Civil.

Conforme a Anoreg-AM (Associação dos Notários e Registradores do Estado do Amazonas), em 2003, início da série, manter o nome de solteiro ocorria em apenas 12,14% das celebrações. Desde então, o crescimento foi constante, com aceleração nos últimos anos.

Em 2020, para comparação, o total de casamentos foi de 13.242, dos quais 4.940 tiveram essa mesma opção.

“O que vemos no Amazonas é um reflexo claro de como as relações estão se reorganizando. Os casais têm encontrado no nome de família uma forma de preservar sua história pessoal, sem que isso diminua o compromisso assumido no casamento. Essa liberdade de escolha, que antes era menos comum, hoje faz parte da rotina dos cartórios e mostra que as pessoas estão mais seguras para definir o que faz sentido para suas vidas”, afirma o presidente da Anoreg/AM, David Gomes David.

Segundo o dirigente, essa tendência também acompanha as possibilidades abertas pelo Código Civil de 2002 que permitiu a adoção ou não de sobrenomes no casamento por qualquer um dos cônjuges.

Mesmo assim, outras modalidades são pouco expressivas no Amazonas. Em 2024, apenas 1,60% dos casamentos registraram a inclusão de sobrenome por ambos, enquanto o homem adotou o sobrenome da mulher em 0,78% dos casos. A adoção do sobrenome do marido pela mulher representou 41% das celebrações.

Mudanças recentes na legislação também influenciam esse movimento. A Lei Federal nº 14.382/22 ampliou as possibilidades de alteração de sobrenomes, permitindo inclusões e exclusões a qualquer tempo, mediante comprovação do vínculo. A norma reforça um cenário em que a flexibilidade e a liberdade de escolha ganham espaço nas relações civis.

A tendência observada no Amazonas segue em linha com o comportamento nacional, que também apresenta aumento na manutenção dos nomes de solteiro. No estado, porém, o crescimento recente é mais acentuado e já coloca essa opção como a mais comum entre os casais.

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