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Mais 12 municípios e 50 mil alunos voltam às salas de aula no Amazonas

Cinquenta mil alunos da rede estadual retornaram às aulas presenciais nesta segunda-feira (23), em 69 escolas do ensino Fundamental e Médio em 12 municípios da Região Metropolitana de Manaus.

Todas as unidades passaram por adequações estruturais para garantir o cumprimento dos protocolos de saúde e combater a Covid-19, promovendo um retorno seguro para alunos e profissionais de educação.

O retorno acontece em escolas dos municípios de Itacoatiara, Manacapuru, Novo Airão, Iranduba, Rio Preto da Eva, Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Autazes, Presidente Figueiredo, Silves, Itapiranga e Manaquiri.

Até quarta-feira (25), outras quatro unidades devem retornar às atividades. Em todas as escolas, a retomada segue o modelo de revezamento entre atividades presenciais e remotas.

“A cada semana nós teremos novos municípios reiniciando suas atividades para que, no menor espaço de tempo possível, a gente possa ter reiniciado em todos os municípios. A gente precisa retomar o ano letivo no interior e reduzir os prejuízos pedagógicos que tivemos. Não vamos sossegar enquanto a gente não conseguir transmitir todos os conhecimentos necessários do currículo deste ano para os alunos”, assegurou o secretário de Educação, Luís Fabian Barbosa, que acompanhou a volta às aulas no Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Professora Maria Izabel Desterro e Silva, no Iranduba, a 27 quilômetros de Manaus.

Ele destacou, ainda, que a Secretaria de Educação e Desporto realiza um trabalho pedagógico que inclui avaliação diagnóstica dos alunos para verificação de conteúdo absorvido nas aulas não presenciais, dando início a um processo de recuperação da aprendizagem.

“Esse é um cuidado que nós precisamos ter, foi feito todo um trabalho de repriorização curricular para identificar os conteúdos que são mais essenciais e que são predecessores, que vão ser objeto de avaliações futuras”, ressaltou Barbosa.

Adequações estruturais – Seguindo o modelo adotado nas escolas da capital, a retomada no interior segue os protocolos de segurança em saúde, estipulados em conjunto com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM).

Foram instaladas pias e dispositivos de álcool gel/sabão, e a sinalização, em todos os ambientes das escolas, destacando as medidas de distanciamento social, higienização correta das mãos e uso obrigatório de máscaras de pano. Além disso, cada estudante recebeu duas máscaras, e todos tiveram a temperatura corporal aferida na entrada das escolas.

“Na realidade está acontecendo uma mudança de hábito tanto dos próprios alunos quanto dos professores. A escola foi toda reorganizada, obedecendo a todos os protocolos de saúde. Eles passam pela higienização, lavagem das mãos, distanciamento, e isso também ao entrar na sala de aula, tanto os alunos quanto os professores. A escola foi adequada para isso, para esse novo recomeço”, afirmou o gestor da escola, Alan Sobreira.

Sistema híbrido – Assim como aconteceu em Manaus, as turmas do interior foram divididas em blocos (A e B), que se revezarão entre as atividades presenciais e as remotas. Às sextas-feiras, não haverá aula nas unidades, sendo esse dia reservado para o Horário de Trabalho Pedagógico (HTP) dos professores. A decisão, no entanto, não implica que os estudantes não terão atividades pedagógicas para realizar em casa.

As equipes escolares do interior já informaram aos alunos os blocos aos quais eles pertencem. Caso o estudante ou o pai/responsável ainda não saiba, ele pode entrar em contato com a gestão da escola. É importante que todos se mantenham atentos aos meios de comunicação (telefone, aplicativos de mensagem instantânea etc.) para que recebam as devidas orientações a respeito do retorno das aulas.

Em busca do sonho – Aluno do 3º ano do Ensino Médio, Emanuel Vinhorte comenta que o retorno às atividades é essencial para alcançar os objetivos profissionais.

“Eu tenho o sonho de cursar Física na Universidade Federal do Rio de Janeiro, e eu acredito que o retorno dessas aulas presenciais pode ajudar a gente na questão do contato com os professores. Acredito que, com a ajuda dos professores, nós possamos, com muito esforço, passar por essa situação, quebrar barreiras e conseguir alcançar esse sonho”, afirmou o estudante.

“Eu estava ansiosa para reencontrar os meus colegas. É muito bom rever as pessoas que eu conhecia e encontrar meus professores também. Apesar de o ensino a distância ter suas qualificações, o ensino presencial é incomparável. Vêm aí os vestibulares como Macro, Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), e eu precisava reforçar os meus estudos”, acrescentou Alberlice Lira, também aluna do 3º ano do Ensino Médio.

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