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Mais de 3 mil mortos em terremoto na Turquia

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Um abalo sísmico de magnitude 7,8 na escala de Richter atingiu, esta segunda-feira, o sul da Turquia e o Norte da Síria. O abalo ocorreu pelas 4h17 (horário local) a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantep, no Sudeste da Turquia.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), minutos após o primeiro sismo, outro abalo de 6,7 graus na escala de Richter foi registado a 9,9 quilómetros de profundidade.

Os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequeno (2,0-2,9), pequeno (3,0-3,9), ligeiro (4,0-4,9), moderado (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grande (7,0-7,9), importante (8,0-8,9), excecional (9,0-9,9) e extremo (superior a 10).

Mais de 3 mil pessoas morreram e milhares ficaram feridas. Segundo o USGS, o tremor foi tão forte quanto um registrado no país em 1939 e que vitimou mais de 30 mil pessoas.

As vítimas, em sua maioria, “ficaram bloqueadas quando suas casas desabaram”, explicou à AFP Roger Musson, investigador do Serviço Geológico britânico. Os métodos de construção “não eram realmente adequados para uma área propensa a grandes terremotos”, explicou o especialista. A falha geológica onde ocorreu o tremor esteve relativamente calma nos últimos tempos.

A Turquia é uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo. Um tremor na região de Duzce (norte), em 1999, causou mais de 17.000 mortes.

Desta vez, o terremoto ocorreu no outro extremo do país, na chamada falha da Anatólia Oriental. Esta região não sofria um terremoto de magnitude superior a 7 há mais de 200 anos. Provavelmente por isso seus habitantes “foram negligentes”, explicou Musson.

Devido a este longo período de relativa tranquilidade, a energia da falha “foi se acumulando”, explicou Musson. A região sofreu outro tremor de magnitude 7,5 horas depois, o que confirma que muita energia acumulada precisava ser liberada.

O jogador brasileiro de futebol do Fenerbahçe, Willian Arão, clube do técnico Jorge Jesus, relatou, durante entrevista à Globo News, o clima de luto, medo e devastação que se vive na Turquia, após o terramoto de 7,8 assolar solo turco, mas também a Síria.

“Estamos a assistir a esta situação de uma forma devastadora, porque é uma tragédia sem precedentes. Os turcos são muito patriotas. Estão todos mobilizados para tentarem ajudar, para tentarem prestar serviço de alguma forma. Temos companheiros de trabalho que estão soterrados, as suas famílias também, é uma tragédia imensa”, disse Arão.

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