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Três toneladas de drogas foram apreendidas este ano AM

De janeiro até a primeira quinzena de junho deste ano, o departamento da Polícia Civil amazonense apreendeu grande quantidade de entorpecentes em todo o estado

O suspeitos foram autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas

Na data que marca o Dia Internacional de Combate às Drogas (26 de junho), o Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil do Amazonas divulgou um balanço dos primeiros seis meses de trabalho no ano: mais de 3 toneladas de entorpecentes apreendidos em operações em realizadas em todo o estado.

“As ações do Denarc foram excelentes e com resultados importantes em operações fluviais e urbanas, mas a maior parte das apreensões foi nas fluviais, pois 90% da droga que entra em Manaus passa pelos rios”, segundo o diretor do Denarc, delegado Paulo Mavignier.

Ainda de acordo com ele, a pandemia do coronavírus afetou diretamente o tráfico na região. Na avaliação de Mavignier, o trabalho das vigilâncias sanitárias municipais e o decreto estadual que proibiu o transporte de passageiros criou dificuldades na logística do tráfico.

No mês de janeiro, foram apreendidos 757 quilos de maconha, tipo skunk e 44 quilos de cocaína; em fevereiro, foram 47 quilos de maconha; em março, 785 quilos de maconha e 56 quilos de cocaína; em abril, 982 quilos de maconha e 158 quilos de cocaína; em maio, foram 93 quilos de maconha; e, nos 15 primeiros dias de junho, foram 240 quilos de maconha, totalizando 3,162 toneladas.

Japurá (a 744 km em linha reta de Manaus), Marãa (634 km da capital) e Tefé (523 km) foram alvos de grandes apreensões nos últimos meses.

“Isso mostra a musculatura do Denarc para atuar em todo o Amazonas. As principais rotas de entrada de drogas no estado são os rios Japurá, Içá e Solimões. Todos fazem fronteira com a Colômbia”, explica Mavignier.
além das drogas, a repressão ao tráfico resultou em 35 prisões e indiciamento de outras 40 pessoas, e na apreensão de 15 armas, 118 munições, granadas, oito veículos, uma embarcação e mais de R$ 8 mil, em dinheiro.

“Boa parte dos entorpecentes tem como destino Manaus, mas quando se trata de cocaína, ela tem como destino o Sudeste, o Nordeste e a Europa”, explica o delegado.

Mavignier destaca, ainda, a adesão do departamento ao Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas (Vigia), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

“O programa, criado em janeiro de 2020, tem o objetivo de dar suporte logístico para operações desencadeadas, principalmente na zona de fronteira do Amazonas, que compreende Colômbia e Peru. Estamos colhendo bons frutos desde então”, diz ele.

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O diretor do Denarc, delegado Paulo Mavignier

Apreensões – O diretor do Denarc salienta também que o entorpecente mais apreendido na região é a maconha tipo skunk. “É uma supermaconha e tem valor elevado no mercado do Amazonas, quase 400% mais cara que a maconha paraguaia, que comumente é apreendida no Sudeste, além da cocaína e da pasta base”, afirma o delegado.

Para obter resultados positivos, o departamento conta com apoios importantes de órgãos como Receita Federal (RF), com o cão Odin, que alavancou os trabalhos do departamento; Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM); Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera); Departamento de Polícia do Interior (DPI); e Delegacia Fluvial (Deflu).

“Em quase quatro anos de existência, o Denarc apreendeu quase 25 toneladas de drogas e vem se especializando na interceptação de carregamentos, quebrando recordes que trouxeram resultados estratosféricos de apreensões”, destaca Paulo Mavignier.

Mavignier pede que a população faça denúncias por meio do número 181, o Disque-Denúncia da SSP-AM, com garantia de anonimato.

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